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Brasil entra com pedido de painel para açúcar em abril

A briga entre o Brasil e a União Européia começa em abril. Será neste mês que o governo brasileiro entra com pedido de painel (comitê de investigação) contra a UE na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O país questiona as exportações subsidiadas do bloco com açúcar que a UE importa dos países ACP (África, Caribe e Pacífico).

A ofensiva brasileira tem sido preparada. Uma consultoria será contratada para fazer os estudos econométricos para comprovar as distorções provocadas pelos subsídios europeus.

Para Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira do Estados de São Paulo (Unica), o país entrou na briga para ganhar. A UE acusa o Brasil de também conceder subsídios por meio do Proálcool. “Quem diz que concedemos subsídios, terá de provar”, diz Carvalho.

Há duas semanas, representantes da Unica estiveram em Genebra para uma reunião estratégica. Ficou decidido que a Datagro – consultoria brasileira do setor sucroalcooleiro – fará acompanhamento técnico dos dados que serão levantados. Os empresários também pediram algumas informações sobre o regime europeu para a inglesa LMC.

Protegido, o açúcar brasileiro não entra nos mercados do Japão, do Chile, Argentina. Nos Estados Unidos e na União Européia, as cotas concedidas são mínimas.

A retaliação Argentina, após o Legislativo ter aprovado a regulamentação de uma sobretaxa ao açúcar, dificultando a entrada de açúcar de outras origens no país, deve levar o Brasil a reclamar da decisão da Argentina na OMC ou levar o país a tomar atitude semelhante para outros produtos de interesse argentino no país. Segundo Carvalho, o açúcar é estratégico para o Brasil e as indústrias vão brigar para que o produto seja excluído do Mercosul para ser negociado em separado na Alca e na UE.

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