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Brasil e Moçambique ratificam cooperação na área de etanol

O acordo de cooperação assinado em 2007 pelos governos do Brasil e Moçambique, na área de biocombustíveis, está em fase final de ratificação. O memorando de entendimento foi discutido no país africano pela missão empresarial brasileira organizada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.

Segundo o diretor-executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão de Sousa, “o memorando de entendimento pode se constituir um dos mais exitosos e emblemáticos casos de cooperação, considerando que o Brasil tem grande potencial para contribuir para o desenvolvimento de um programa de biocombustívies em Moçambique. Souza faz parte da missão, que conta com a participação do presidente Lula.

“Moçambique apresenta grande disponibilidade de terras aráveis e férteis, quase 30 milhões de hectares, além de uma localização geográfica privilegiada para o escoamento do etanol para a Ásia e Europa, que pode ser feito por meio dos três portos ao longo da sua costa”, disse o diretor da Unica. O país importa praticamente 100% de sua demanda por combustíveis fósseis, a um custo estimado este ano em US$ 700 milhões.

De acordo com Sousa, “a produção de etanol de cana-de-açúcar pode reduzir o volume de importações de petróleo e ainda se tornar uma importante alavanca para o desenvolvimento, favorecendo a criação de empregos e auxiliando na geração de energia elétrica”. Os laços culturais e históricos com o Brasil e a facilidade do idioma, já que no país africano o idioma oficial também é o português, são elementos facilitadores do processo de transferência tecnológica e de potenciais investimentos de empresas brasileiras naquele país.

“No setor agronômico, o Brasil poderá apoiar na transferência e adaptação de diversas variedades de cana e auxiliar nas técnicas de manejo agrícola”, explicou Sousa, ressaltando ainda que Moçambique esteja situado na mesma faixa de latitude das áreas de lavoura brasileiras mais competitivas de cana-de-açúcar.

Outros segmentos potenciais para essa cooperação envolvem o processamento industrial, a logística e o setor automotivo, especialmente no caso dos motores flexfuel. “A experiência brasileira no que tange ao desenvolvimento de um arcabouço institucional e ao aprimoramento de práticas socioambientais também pode ser objeto dessa cooperação”, destacou Sousa.

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