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Brasil é foco da divisão de química fina da Basf

A América do Sul é um dos principais focos do grupo químico alemão Basf para aumentar suas vendas e realizar novos investimentos no segmento de química fina, sobretudo no Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, informou o presidente mundial de química fina da Basf, Wolfgang Büchele. O executivo disse que a empresa estuda alternativas para iniciar a produção de química fina no País caso descubra alguma matéria-prima ou ingrediente que seja particular à região. “Este é um mercado muito dinâmico e temos um time de inovação trabalhando para descobrir novos insumos”, destacou Büchele, que assumiu a presidência mundial dessa divisão em outubro de 2005.

A companhia, que investe globalmente cerca de € 70 milhões anuais em pesquisa e desenvolvimento de produtos em química fina, analisa a produção de insumos no País a partir da cana de açúcar, extrato de ervas, cadeia do amido, soja e biodiversidades (essências).

Atualmente, a subsidiária brasileira importa de unidades industriais da Alemanha e vende no País insumos para cosméticos (aromas e fragrâncias), farmacêuticos, nutrição humana (suplementos alimentares e insumos para a produção de cerveja) e nutrição animal (ingredientes para a fabricação de ração para frangos e porcos).

A divisão de química fina da Basf registrou vendas de € 1,73 bilhão no ano passado (em 2004 foram € 1,79 bilhão, 3,5% a mais), dos quais menos de 10% foram provenientes da América do Sul. Entretanto, apesar do recuo das vendas globais, a comercialização dessa divisão cresceu mais de 10% no ano passado no Brasil e neste ano a expectativa é de vendas também acima dos dois dígitos, prevê Büchele. “Estamos otimistas para os negócios na América do Sul, mas tudo depende do câmbio, que tem impacto direto sobre nossas vendas, e de alterações no quadro político dos países”, ressaltou.

O diretor regional de química fina América do Sul da Basf, Antonio Carlos Manssour Lacerda, comentou que devido ao ritmo de crescimento desse mercado, sobretudo na América do Sul e na Europa, a empresa está atenta para novos investimentos, produtos e tecnologias para essa área. “É um mercado que cresce quatro vezes mais que o Produto Interno Bruto (PIB)”, disse Lacerda, citando o faturamento do mercado brasileiro de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, que cresceu 14,5% em 2005 sobre 2004 e atingiu R$ 15 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

A indústria de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria instalou 109 novas fábricas no País em 2005, um aumento de 8,7% ante o ano anterior.

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