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Brasil começa a despontar na produção de álcool de celulose

O Brasil poderá dar início à produção produção comercial de álcool

a partir da celulose da cana já a partir de 2012, de acordo com José Luiz Olivério, vice-presidente operações da Dedini SA. A Dedini Indústria de Base, de Piracicaba (SP), está produzindo o biocombustível em volumes experimentais.

Olivério participou do seminário “Sugar and Ethanol Brazil”, no dia 14

de março, em São Paulo. Segundo ele, a Dedini pretende começar a construir usinas comerciais para a fabricação de etanol de celulose dentro de cinco anos, o que permitirá aos produtores tirar proveito dos rejeitos da planta, considerados ricos em celulose (Veja mais sobre álcool do bagaço nas páginas 26 a 28).

Em seu primeiro projeto experimental, a Dedini produz 100 litros de etanol a partir de bagaço da cana por dia ao preço aproximado de

US$ 0,25 centavos por litro, o mesmo valor que o do etanol fabricado a partir do caldo da cana, segundo Olivério. As usinas comerciais de maior porte terão capacidade para produzir 50 mil litros diários de etanol de celulose. Neste mesmo sentido, a Petrobras também está desenvolvendo pesquisas para a produção de álcool celulósico.

Segundo Sillas Oliva Filho, gerente de comércio de álcool da estatal, a Petrobras colocará em operação a partir de maio sua planta-piloto de

álcool produzido a partir lignocelulose – sistema de quebra de enzimas de celulose do bagaço da cana. “Em 2008, queremos produzir esse álcool em escala industrial”, disse.

Além da produção de álcool celulósico, a companhia deverá ser acionista minoritária em projetos d usinas de álcool em parceria com a

japonesa Mitsui. “Esses projetos são para abastecer única e exclusivamente o mercado japonês”, disse Oliva, durante o seminário da F.O. Licht. A Petrobras deverá exportar este ano cerca de 850 milhões de litros de álcool combustível, ante 120 milhões de litros do ano anterior. Os principais destinos do álcool brasileiro serão os

EUA, Venezuela e Nigéria. No fim de janeiro, a Petrobras

fechou contrato para exportar álcool anidro para a Nigéria. O acordo foi acertado com a NNPC (Nigerian National Petroleum Corporation), a

companhia estatal nigeriana de petróleo. Um ano antes, a Petrobras já

tinha feito o mesmo acordo com a Venezuela.

Para viabilizar as exportações, a estatal deverá fazer investimentos da ordem de US$ 750 milhões para a construção de alcodutos , ligando as regiões produtoras de álcool a partir de Senador Canedo, em Goiás, até Paulínia (SP). (MM)

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