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Brasil cobra dos Estados Unidos solução para barreira ao etanol

O Brasil cobra dos Estados Unidos uma solução para as barreiras de importação ao etanol. A Agência Estado apurou que Washington, porém, dá poucos sinais de que está disposto a lidar com o assunto. Reunidos em Postdam, os ministros do Brasil, Índia, Estados Unidos e Europa tentam fechar um acordo para permitir avanços nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). Temas como agricultura e produtos industriais estão no centro do debate. Mas o Brasil deixou claro que as sobretaxas impostas pelos americanos ao biocombustível terão de ser solucionadas para que haja um acordo. Segundo funcionários do governo que estiveram nas reuniões, o chanceler Celso Amorim cobrou uma queda nas tarifas americanas. Para os exportadores brasileiros, a taxa impede as exportações para o mercado considerado como central para o avanço do etanol nos próximos anos. Brasília e Washington contam com uma aliança no desenvolvimento do combustível, mas não conseguem se entender em relação às tarifas que devem ser cobradas entre os dois países.

Washington ainda dá todos os sinais de que não está preparado para trazer o tema à OMC, uma das exigências do Brasil. Há um mês, governo americano apresentou uma lista de produtos ambientais e que terão um corte mais profundo de tarifas. Mas fez questão de não incluir o etanol. A lista, com cerca de 400 produtos, conta até com barcos a vela e bicicleta, bens supostamente que seria benéficos ao meio ambiente, mas não o etanol.

A diplomacia brasileira se irritou com o comportamento dos Estados Unidos e o embaixador do País na OMC, Clodoaldo Hugueney, chegou a ligar para os responsáveis pelo setor para tentar entender porque o produto não foi incluído. “Há um entendimento de que esse não é o local nem o momento para falar de etanol”, afirmou um representante de um país rico.

Mercosul

A reunião de cúpula do Mercosul, que será realizada em Assunção entre os dias 28 e 29, discutirá os subsídios existentes nos países sócios do bloco, incentivos para a industrialização do Paraguai e Uruguai, além do aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) para produtos têxteis e calçados. A lista de assuntos a serem discutidos na cúpula foi elaborada durante a reunião do Grupo Mercado Comum, ocorrida nesta semana na capital paraguaia.

Os representantes dos países do Mercosul concordaram em estudar os subsídios que os sócios do bloco aplicam. A idéia é identificar os subsídios que prejudicam o comércio e provocam “desvios” do fluxo de investimentos dentro do bloco. Além disso, os representantes concordaram na necessidade de que o Mercosul conte com políticas de incentivos para concorrer com outros blocos comerciais na captação de investimentos.

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