
O Brasil participou, nesta quarta e quinta-feira (23 e 24/6), do Fórum Ministerial do Diálogo em Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia, primeira reunião global sobre energia sob a égide da ONU desde 1981. O ministro Bento Albuquerque integra, junto com ministros de outros sete países co-líderes, o segmento dedicado à transição energética.
No contexto do Diálogo em Alto Nível, o governo brasileiro apresentou dois pactos energéticos (“energy compacts”) governamentais, compromissos voluntários em biocombustíveis e hidrogênio, como contribuição nacional para acelerar o cumprimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 (ODS 7), que prevê acesso universal a energias limpas.
O pacto energético brasileiro sobre biocombustíveis visa à redução da intensidade de carbono na matriz de transportes brasileiras em 10% até 2030. Isso equivale a 620 milhões de toneladas de carbono em dez anos, por meio da implementação dos mecanismos da política nacional de biocombustíveis (RenovaBio). O objetivo é garantir a sustentabilidade da produção de biocombustíveis e reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
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O programa RenovaBio estabeleceu o primeiro mercado de crédito de carbonos em operação no Brasil, pelo qual os distribuidores de combustível devem comprar créditos de descarbonização por biocombustíveis (CBIOs), para cumprirem suas metas de descarbonização.

Além do governo, grandes companhias brasileiras, inclusive Itaipu Binacional, estão engajadas nas discussões do Diálogo de Alto Nível sobre Energia e consideram a adoção de pactos energéticos próprios.
“A transição energética afeta e afetará, cada vez mais, modelos de produção e padrões de comércio e investimento, pesquisa e desenvolvimento e integração de infraestruturas. Isso deve ser visto não como um fardo, mas sim como uma tremenda oportunidade para governos e setores privados. É uma oportunidade para transformar nossas economias, gerar novos empregos e impulsionar o crescimento sustentável e a inovação”, afirma o ministro Bento Albuquerque.