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BP conclui compra de 83% da sucroalcooleira CNAA por US$ 680 mi

A petrolífera BP concluiu a aquisição do controle majoritário da produtora brasileira de etanol e açúcar Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA), por 680 milhões de dólares, informou a companhia ontem.

O valor do negócio, US$ 680 milhões, é o mesmo anunciado quando o acordo foi fechado, em março, e permitirá que a empresa adquira 83% das ações e refinancie 100% das dívidas de longo prazo da CNAA.

Com o negócio, a BP adquire duas usinas de etanol, localizadas em Ituiutaba (Minas Gerais) e Itumbiara (Goiás), com capacidade atual de processamento de 5 milhões de toneladas de cana por ano.

“A conclusão deste acordo é mais um passo no fortalecimento da atuação da BP no setor sucroenergético brasileiro, uma vez que a CNAA apresenta ativos de qualidade, localizados estrategicamente e com boas práticas de gestão”, afirmou em comunicado Mario Lindenhayn, presidente da BP Biocombustíveis Brasil, que acumula a partir desta quinta-feira a presidência da CNAA.

A BP também adquiriu uma terceira unidade em desenvolvimento, também situada na Região Centro-Sul do Brasil, nos Estados de Goiás e Minas Gerais. A produção de etanol das três usinas poderá suprir tanto o mercado brasileiro quanto o internacional. A capacidade combinada de moagem das três usinas, quando em plena operação, está estimada em 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. A capacidade de produção anual de cada usina será de cerca de 480 milhões de litros de etanol equivalentes. Cada usina ainda poderá comercializar por ano cerca de 340 GWh de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN). A BP, uma das maiores companhias de energia do mundo, entrou no setor no Brasil em 2008, quando comprou 50 por cento da Tropical Bioenergia, em Goiás.

Mercado

Com o início da safra de cana no centro-sul do Brasil, há menos pressão para redução da mistura de etanol anidro na gasolina, disse ontem o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima. “Pressão por reduzir já foi maior, mas continuamos estudando”, disse ele ao chegar para a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

A declaração de Lima foi feita no mesmo dia em que o jornal Valor Econômico publicou reportagem dizendo que o governo já decidiu reduzir o percentual da mistura de etanol na gasolina, em meio à alta nos preços do biocombustível.

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