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BP Bunge amplia eficiência e registra EBITDA de R$ 3,4 bi na safra 20/21

Além de registrar aumento de 63% em relação à safra anterior, empresa antecipa anúncio de metas ESG para 2030

Aerials of agriculture and machines that provide crops to Tropical BP Biocombustiveis
Aerials of agriculture and machines that provide crops to Tropical BP Biocombustiveis

Investimentos contínuos, na ordem de R$ 2,4 bilhões, mudança de mix, entre outros fatores, foram determinantes para que a BP Bunge Bioenergia apresentasse resultados positivos na safra 2020/21, a sua temporada inaugural após a integração das companhias.

A empresa registra nesse período um EBITDA de R$ 3,4 bilhões, o que representa um crescimento de 63% sobre a safra anterior, e margem EBITDA de 56%, contra 42% do ciclo 2019/20, são reflexo do aumento das receitas com a comercialização de açúcar e ganhos de eficiência operacional.

A moagem total de cana-de-açúcar pelas 11 usinas da empresa somou 27,3 milhões de toneladas no período. O ATR médio foi de 137,23 kg/ton, aumento de 6% em relação à safra anterior, resultado das melhores práticas de manejo do canavial.

Déficit hídrico e restrições impostas pela pandemia foram alguns desafios a serem superados. “Mesmo diante de um período tão desafiador, com as ameaças da pandemia do covid-19 e da seca na região Centro-Sul do país, realizamos nosso plano de integração e gestão com captura de sinergias e alcançamos excelentes resultados”, avalia Mário Lindenhayn, presidente executivo e do Conselho de Administração da BP Bunge Bioenergia.

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Mario Lindenhayn é presidente executivo e do Conselho de Administração da BP Bunge Bioenergia

“O investimento significativo e contínuo em plantio e tratos se reflete nos ganhos de ATR, por exemplo. Somente na safra passada, foram destinados R$ 1,3 bilhão, e vamos seguir investindo em produtividade e tecnologia agrícola, além de maximizar o uso da capacidade industrial nos próximos ciclos”, diz Geovane Consul, CEO da empresa.

Devido à alta nos preços do açúcar no mercado internacional, a companhia mudou o mix produtivo de suas unidades. O volume comercializado do adoçante chegou a 1,956 milhão de toneladas, resultado 55% superior ao registrado na safra 19/20.

Por conta da priorização do açúcar no mix de vendas, o volume comercializado de etanol na safra 20/21 foi de 1,4 bilhão de litros, 12% inferior à safra anterior. A participação do anidro no mix de vendas aumentou 6 pontos percentuais, em linha com a estratégia da companhia de focar nos produtos de maior rentabilidade.

Houve também aumento de 3% na bioeletricidade exportada ao SIN – Sistema Interligado Nacional, atingindo um total de 1.223 GWh em 12 meses.

RenovaBio

No âmbito do Programa RenovaBio foram gerados na BP Bunge, na safra 2020/21, mais de 1 milhão de CBios. “Comercializamos todos os CBios gerados em 2020. Com isso, buscamos contribuir para que esse mercado tivesse liquidez e para que as metas definidas pelo programa fossem cumpridas. Entendemos que os CBios constituem um mecanismo importante, que estimula o investimento e o direcionamento na sustentabilidade do negócio”, explica Geovane.

Metas ESG 2030

Juntamente com seus resultados operacionais e financeiros da safra 2020/21, a companhia também apresenta seus indicadores ambientais e sociais, seguindo a metodologia GRI (Global Reporting Initiative), em seu primeiro Relatório de Sustentabilidade e divulga seus compromissos ESG para os 10 primeiros anos de operação, com conclusão em 2030.

A iniciativa “Nossos Compromissos 2030”, alinhada à estratégia de negócios da BP Bunge Bioenergia e aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, organiza metas relacionadas a temas prioritários em pilares: Planeta, Pessoas, Princípios de Governança e Prosperidade.

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Geovane Consul é o CEO da BP Bunge Bioenergia

São 15 compromissos estabelecidos para os dez primeiros anos de operação, até 2030, e estão relacionados ao uso da água, mudanças climáticas, eficiência energética, biodiversidade, capital humano, desenvolvimento econômico e governança. São metas específicas como: reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa na produção de etanol; reduzir em 10% a água de uso industrial captada; plantar 2,3 milhões de mudas de espécies nativas; e atingir taxa zero de acidentes com afastamento, entre outras.

“Estamos preparados para os próximos ciclos, com uma agenda ESG integrada à estratégia de negócios para maximização dos investimentos, consolidação das sinergias da integração e captura de oportunidades de mercado. Os resultados da safra 2020/21 materializam a visão dos nossos acionistas BP e Bunge sobre a união dos seus ativos sucroenergéticos para a formação da BP Bunge Bioenergia. Que nasceu como o segundo maior player do setor em termos de moagem efetiva de cana-de-açúcar (capacidade de 32,4 milhões de toneladas de moagem na safra 2020/21), com potencial enorme de contribuição para o desenvolvimento do setor, mas também de progresso social, ambiental e econômico para o país”, conclui Lindenhayn.

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