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Boas reações no comércio varejista

O crescimento da produção industrial depende, basicamente, de dois fatores: da demanda interna – que é o mais importante – e das exportações, e desde o início do ano ambos estão em elevação. Por isso, as informações sobre o movimento do comércio varejista no primeiro mês do ano eram aguardadas com grande interesse – os dados agora divulgados levam a um certo otimismo para 2006.

Segundo o IBGE, o volume das vendas do comércio varejista (excluídos veículos e material de construção) apresentou, em janeiro, aumento (com ajuste sazonal) de 2,35% em relação a dezembro e de 6,54% em relação ao mesmo mês de 2005, comparação que elimina erros decorrentes de ajuste sazonal. E essa progressão é ainda mais significativa se levarmos em conta que o IBGE revisou os dados de dezembro: de 1,19% para 2,34%.

O que se observa é que, desde dezembro, as famílias estão reagindo positivamente à redução da taxa de juros básica, o que deverá repercutir sobre a produção industrial. Convém lembrar que a Federação do Comércio do Estado de São Paulo havia anunciado um aumento real do faturamento do varejo, na Grande São Paulo, de 4,9% em relação ao mesmo mês de 2005.

A evolução das vendas do comércio de varejo varia bastante de um setor para outro, mas é positiva em todos os setores analisados, com exceção de combustíveis e lubrificantes, em razão do aumento dos preços, especialmente do álcool.

Durante as festas natalinas registrou-se uma redução das vendas nos supermercados, mas uma recuperação no mês seguinte. Neste ano, o setor de supermercados, produtos alimentícios , bebidas e fumo teve crescimento do volume das vendas de 4,09% em relação a dezembro (com ajuste sazonal) e de 5,36% ante janeiro do ano passado. Talvez mais significativo ainda seja o aumento do volume das vendas do setor têxtil em janeiro em relação ao mês anterior (5,42%) e em relação a janeiro do ano passado (14,72%). Essa recuperação das vendas se torna ainda mais expressiva quando se nota, também, uma elevação das vendas de móveis e eletrodomésticos (1,77% ante dezembro e 14,57% ante janeiro de 2005), uma vez que não se trata de um período de compras desses produtos. É verdade que as vendas de veículos (que não estão incluídas no índice do IBGE) acusaram queda de 10,33% em relação a dezembro (com ajuste sazonal), mas um crescimento de 3,08% ante o mesmo mês do ano passado.

Crédito mais barato, salários maiores, menos desemprego e maior confiança dos consumidores são os fatores que explicam a recuperação do comércio. Para o futuro próximo, as perspectivas são positivas.

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