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BNDES e Petrobras fecham financiamento para projetos de petróleo e gás

Os presidentes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Petrobras assinaram hoje três contratos de financiamento de projetos de investimento no setor de petróleo e gás. O financiamento da plataforma P-51 obteve do banco de fomento um empréstimo de US$ 402 milhões.

Os dois outros contratos de financiamento somam recursos no total de R$ 1,6 bilhão e serão aplicados na construção do gasoduto Cabiúnas (RJ) – Vitória (ES), integrante do Gasene (Projeto Gasoduto Sudeste-Nordeste) e na instalação do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, na Amazônia.

A plataforma P-51 será destinada à produção de petróleo e gás no campo de Marlim Sul, na bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e produzirá 180 mil barris de petróleo por dia e seis milhões de metros cúbicos de gás natural/dia. O investimento total é de US$ 774 milhões. Os desembolsos do BNDES à P-51 terão início em janeiro de 2006. A plataforma deverá entrar em operação em junho de 2008.

O financiamento do BNDES inclui um percentual de 60% de índice de nacionalização em máquinas e equipamentos usados no projeto.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a plataforma dará sustentabilidade à auto-suficiência na produção de petróleo, que deve ser atingida em 2006. Ele destacou o peso das contratações da Petrobras na economia. As encomendas da estatal vão gerar R$ 180 bilhões, o equivalente a cerca de 10% da riqueza produzida no país.

Gasodutos

O trecho Cabiúnas-Vitória (298 km) do Gasene vai receber um financiamento de R$ 800 milhões. O empréstimo tem prazo de até 12 meses e será concedido à Transportadora Gasene, uma sociedade de propósito específico criada em março de 2005, que será a proprietária dos ativos do projeto.

O projeto é considerado estratégico para garantir o suprimento de gás natural para a malha de gasodutos da região Sudeste e permitir o escoamento da produção de gás associado dos campos da bacia do Espírito Santo, viabilizando investimentos adicionais em exploração e produção na região.

O empréstimo para a construção do gasoduto Coari-Manaus na Amazônia é de R$ 800 milhões com prazo de até 12 meses, como antecipação de um empréstimo de longo prazo. A instalação do gasoduto vai permitir que o gás natural produzido em Urucu, hoje reinjetado e queimado, chegue a Manaus e seja distribuído também a outros sete municípios ao longo do traçado (Coari, Codajás, Anamã, Anori, Caapiranga, Iranduba e Manacapuru).

O gasoduto permitirá a mudança da matriz energética de Manaus por meio da conversão das termelétricas que hoje usam diesel ou óleo combustível e passarão a consumir gás natural, mais adequado em termos ambientais e de custo muito inferior.

Com o uso do gás, a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) cairá. A CCC é o subsídio pago pelos consumidores de energia do restante do país à compra de óleo diesel para as térmicas da região Norte.

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