JornalCana

BM&F tem negociação recorde em fevereiro

O volume de contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) somou 96.889 em fevereiro de 2006, recorde para o mês e 17% a mais que em fevereiro de 2005. Apesar da negociação recorde, a queda do preço de algumas commodities como café, milho e boi gordo fez com que o volume financeiro caísse 7,3% em relação a fevereiro do ano passado, para US$ 778 milhões.

Os destaques nos volumes físicos negociados em fevereiro foram milho, soja e mini de boi gordo, segundo o diretor de mercados agrícolas da BM&F, Felix Schouchana. Em relação a janeiro, o volume físico total negociado foi 22,8% menor. No acumulado de janeiro e fevereiro, o volume aumentou 36%, para 207.507, ante o mesmo período do ano passado, puxados, pelos contratos de café, milho, soja e mini de boi.

Os contratos de milho tiveram volume negociado recorde para um mês de fevereiro – 8.238 -, com alta de 23,9% na comparação com o mesmo mês de 2005. No acumulado do ano, o número de contratos da commodity subiu 61,5%, para 17.469 papéis. “A participação de cooperativas e produtores de ração está crescendo”, conta Schouchana. O volume de contratos de soja teve alta de 11,6% em fevereiro, para 5.197. O representante da BM&F conta que, com a entrada da safra brasileira de soja, a variação de preços da commodity nos Estados Unidos e no País tem aumentado, estimulando os negócios na bolsa.

A negociação dos papéis de boi gordo teve queda de 34%, para 11.745 contratos, devido aos baixos preços da arroba. Já o volume de contratos mini de boi gordo passou de dois títulos em fevereiro do ano passado, para 21.415, como resultado de maior participação de pessoas físicas. O volume de café negociado caiu 7,2%, para 38.955 contratos. “Com a queda de preços da commodity, os vendedores estão desestimulados a operar”, diz.

Em fevereiro, foram negociados 4.085 contratos de açúcar na BM&F, volume 42,9% menor que o do mesmo mês de 2005 e 41,7% menor que o de janeiro. Schouchana explica que a demanda por “hedge” (proteção) no mercado de açúcar foi inferior à de janeiro por causa da menor volatilidade dos preços da commodity.

Fim do acordo com usineiro

O volume de contratos de álcool caiu 63% em relação a fevereiro de 2005, mas cresceu 35,6% na comparação com janeiro. O aumento em relação ao mês passado deveu-se ao rompimento do acordo dos usineiros com o governo federal, que previa que o preço do litro do anidro não ultrapassaria R$ 1,05. “A maior parte da demanda do mês foi por contratos com outros vencimentos que não março”.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram