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BM&F registra crescimento de contratos de etanol hidratado

O contrato futuro de etanol hidratado da BM&F Bovespa completa quatro meses de negociação nesta sexta-feira, com um volume de transações indicando que o Brasil finalmente pode ter encontrado um instrumento financeiro capaz de gerenciar riscos em um setor no qual o País dá as cartas no setor de biocombustíveis.

Os números dos primeiros meses de negociações falam por si só. Com exclusiva liquidação financeira (sem entrega física), o derivativo registrou até o momento negócios da ordem de mais de 7.400 contratos, volume levemente abaixo do verificado nos quatro primeiros meses do “milho financeiro”, lançado em 2008 e que hoje é o terceiro principal papel agropecuário da BM&F, atrás do café e do boi gordo.

“O etanol está ficando cada vez mais na boca do povo, na boca do mercado”, afirmou o diretor de Commodities da BM&F Bovespa, Ivan Wedekin, em entrevista à Reuters nesta sexta-feira, destacando que um produto que pode apresentar volatilidade de até 35% oferece muitos riscos e requer um derivativo adequado.

Ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wedekin salientou que, além do importante crescimento das negociações do etanol na BM&F, o papel também registra um grande aumento dos contratos em aberto, o que mostra a liquidez do mercado de etanol futuro. “Em 45 dias, mais que dobramos o volume de posições em aberto”, declarou ele, lembrando que na quinta-feira havia 3.737 contratos em negociação.

Cada contrato corresponde a volume de 30 mil litros de etanol hidratado. “Então o que percebemos é que mais participantes estão operando o contrato”, acrescentou, observando que além de produtores, exportadores, distribuidores (considerados hedgers) há também investidores financeiros, incluindo estrangeiros, já negociando o etanol.

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