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BM&F escolhe bancos para coordenar IPO

A tão esperada abertura de capital das bolsas brasileiras vai começar. A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) já escolheu os bancos que vão cuidar da sua operação de lançamento de ações. Os líderes da operação serão o Morgan Stanley e o Bradesco Banco de Investimento (BBI), informou um comunicado da BM&F enviado aos corretores no início da noite de sexta-feira.

A operação terá ainda a participação de vários outros bancos. Merrill Lynch, Itaú BBA e JP Morgan foram contratados como “joint bookrunners”. Além deles, Citibank, Deutsche, Santander e HSBC também foram contratados pela bolsa de derivativos, este dois últimos como “co-managers”. Em uma próxima etapa devem ser anunciadas as corretoras que participam da operação.

Segundo alguns corretores ouvidos pelo Valor, o Morgan deve cuidar do lançamento dos papéis no exterior e o BBI no mercado local. A BM&F estava em processo de desmutualização, ou seja, transformação de uma sociedade fechada, com sócios e sem fins lucrativos, para uma empresa que tem que dar resultados e onde não há mais detentores de títulos patrimoniais.

Entre as bolsas brasileiras, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também está em processo de desmutualização.

No final de junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em audiência pública a minuta que trata da nova regulamentação para as bolsas abertas, um cenário não previsto pela atual legislação. Uma das idéias da CVM é separar as atividades administrativas da bolsa, agora uma empresa que tem que dar lucro, das atividades de auto-regulação.

A autarquia também quer ver vários membros independentes no conselho de administração das bolsas. A CVM espera receber comentários e sugestões do mercado até o dia 30.

A Bolsa de Mercadorias & Futuros encerrou o primeiro semestre com crescimento de 66,4% no volume negociado. No período, foram comercializados 220,37 milhões de contratos. A bolsa lançou recentemente o contrato de etanol e agora se prepara para lançar novos produtos, principalmente ligados a derivativos de crédito.

Em entrevistas a imprensa no início do ano, o presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, disse que a idéia inicial era concluir o IPO até dezembro. A bolsa deve listar os papéis no Novo Mercado, que exige níveis elevados de governança.

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