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Biotechnos instalará usina na África do Sul

Uma empresa de Santa Rosa transformará resíduos de óleo de cozinha em biodiesel, na África do Sul, durante a Copa do Mundo. O projeto é da Biotechnos e ocorre em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina, Instituto Latino-Americano e Senai. O produto irá abastecer os veículos responsáveis pelo transporte da delegação brasileira durante o evento.

A usina de biodiesel da Biotechnos será instalada neste mês, no bairro de Soweto, em Johanesburgo. Será doada à África do Sul, em processo de exportação. A empresa coletava resíduos de óleo de cozinha em Santa Rosa, durante campanhas de educação ambiental em parceria com escolas, e fará o mesmo no bairro africano, com apoio da comunidade e restaurantes locais.

Na cidade gaúcha, desde 2008, a Biotechnos já envolveu 3 mil alunos em projetos de educação ambiental e recolheu 14 mil litros de resíduos de óleo de fritura. Na África, antes mesmo de a usina chegar, já há 20 mil litros à espera para serem transformados em biodiesel. Durante a Copa, a expectativa é recolher pelo menos mais 5 mil litros. A atividade ocorre em parceria com a Associação Sul-Africana de Biocombustível.

Para a Copa do Mundo do Brasil, que ocorre em 2014, a empresa também fará uma ação. Serão instaladas usinas de biodiesel nas 12 cidades que irão sediar os jogos. A atividade inicia-se nas cidades de Porto Alegre e Rio de Janeiro. Nos quatro anos que antecedem o evento, as usinas transformarão resíduos de óleo de cozinha em biodiesel, para abastecer veículos do transporte coletivo urbano. A expectativa é coletar 20 mil litros por mês, em cada uma das duas capitais. Em Porto Alegre, a empresa parceira que irá utilizar o biocombustível é a Carris. Em 2014, todos os ônibus que farão o deslocamento das delegações serão abastecidos com este produto.

A proprietária da Biotechnos, Márcia Werle, diz que o acréscimo de 25% de biodiesel no óleo diesel reduz em 60% a emissão de gases tóxicos ao meio ambiente. Segundo ela, ao final dos projetos, a empresa irá apresentar à comunidade quanto de óleo foi transformado em biodiesel e mostrar a redução do impacto ambiental, tanto na redução de óleo no meio ambiente, como na emissão de poluentes na atmosfera.

Márcia afirma que é gratificante ver uma tecnologia criada na cidade ganhar espaço pelo mundo. “Nada mais justo que uma empresa de Santa Rosa, que é o berço nacional da soja, criar alternativas sustentáveis para controlar o descarte de um produto como o óleo de soja”, diz. Segundo o gerente comercial da empresa, Alexandre Lombello, cada litro de resíduos de óleo de fritura é transformado em um litro de biodiesel. Uma usina desse combustível produz 250 litros em três horas.

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