
O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) de Uberaba aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (11), o Licenciamento Ambiental Concomitante LAC 1 para a instalação da Geomit, nova empresa que será implantada em área anexa à Usina Vale do Tijuco.
A usina é controlada pela Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA).
A informação de aprovação do LAC 1 para a Geomit (parceira da CMAA) é da assessoria da Secretaria Especial de Comunicação da Prefeitura de Uberaba (leia mais aqui).
O processo reúne, de forma totalmente digital, a Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO), garantindo mais agilidade, transparência e eficiência em comparação a procedimentos adotados em outros municípios e estados.
Anunciada em abril durante a 8ª Abertura da Safra Mineira de Cana-de-Açúcar e Etanol, a Geomit será responsável por distribuir gás biometano produzido a partir de resíduos da cana-de-açúcar e do agronegócio, em um investimento estimado em R$ 200 milhões.
Criada em 2024, a Geomit é fruto de uma joint venture entre a Mitsui Gás e Energia do Brasil e a Geo Biogás & Carbon. A parceria une a experiência da Mitsui Gás na infraestrutura de distribuição — com participação em 13 concessionárias — às tecnologias da Geo para transformar resíduos agroindustriais em biometano de alta qualidade.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Edno Cesar da Silveira, o processo de licenciamento levou cerca de 30 a 40 dias desde o protocolo pelos empreendedores.
Uberaba se destaca em licenciamento ambiental
“Hoje, Uberaba se destaca na área de licenciamento ambiental e na condução dos processos. Aquilo que, em nível estadual, poderia levar dois ou três anos, aqui conseguimos licenciar, quando a empresa cumpre todas as exigências, em cerca de 40 dias. Assim, o empreendedor já pode iniciar as obras e implantar uma indústria tão importante para o município, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e para o aproveitamento de resíduos na geração de energia”, relatou Edno.
A expectativa é que a implantação das instalações comece já em 2026, gerando cerca de 200 empregos diretos e indiretos na fase de construção. Durante a operação, serão aproximadamente 60 empregos diretos.
Transição energética e desenvolvimento sustentável
O projeto tem como meta fornecer gás natural competitivo e de baixo carbono para indústrias locais e para o setor de transportes, contribuindo para a transição energética do Brasil. O biometano produzido ajudará a diversificar a matriz energética de Minas Gerais, diminuir a emissão de gases de efeito estufa e impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor agroindustrial no Brasil.