Cogeração

Biomassa a partir do bagaço de cana representa 60,1% de toda a cogeração existente no país

Em outubro foram adicionados 135 MW de bagaço de cana, oriundos de usinas de GO, MG e PE

Biomassa a partir do bagaço de cana representa 60,1% de toda a cogeração existente no país

A capacidade instalada de cogeração em operação comercial no Brasil, em outubro, foi de 20,30 GW, representando 10,8% da matriz elétrica nacional (187,21 GW).

Em relação à 2022, verifica-se um incremento de 763,4 MW, conforme informa o boletim da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN) referente ao mês de outubro.

Segundo o relatório, ao longo do mês de outubro foram adicionados 135 MW de bagaço de cana, oriundos das usinas Entre Rios – GO, Boa Esperança – MG e Vale do Pontal I – MG, bem como 2,86 MW de biogás da usina Asja Jaboatão -PE.

“A biomassa a partir do bagaço de cana representa 60,1% de toda a cogeração existente no país, o licor negro é responsável por 16,8% e o gás natural 15,5%, conforme exposto na tabela abaixo. Cabe ressaltar que as plantas de licor negro apresentam a maior taxa de MW por planta”, relata a COGEN.

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A associação ressalta a vocação do Estado de São Paulo no âmbito das usinas de açúcar e etanol, bem como do Rio de Janeiro com a cogeração a gás natural. No caso do Norte e Nordeste, destacam-se as fontes como o gás natural, licor negro e biomassa da madeira.

Dentre os segmentos atendidos pela cogeração, o setor sucroenergético representa 60,2%  (12.254 MW) que somado aos setores de Papel & Celulose, representam 76,4% dos segmentos atendidos no país.

Com relação à geração de energia oriunda das biomassas, exportadas ao sistema interligado nacional, em GWh, no ano de 2021 as biomassas foram responsáveis pela preservação de 14 pontos percentuais nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste.

“Cabe ressaltar que o nível dos reservatórios SE/CO estão em 62,56% em 25 de julho de 2022”, alerta a COGEN.

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O crescimento médio das biomassas nos últimos 15 anos foi de 750 MW/ano e, nos últimos 5 anos, de 350 MW/ano. De acordo com a ANEEL, segundo o “Acompanhamento da Implantação das Centrais Geradoras de Energia Elétrica”, a Previsão para Liberação de Operação Comercial, apresenta uma adição na capacidade instalada de 2,5 GW até 2025, com média anual de 636 MW por ano.

“Somente para o ano de 2022, prevê-se a entrada em operação comercial de 834,90 MW em 25 usinas”, conclui a associação.