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Bioenergética Aroeira reduz consumo de vapor e aumenta significativamente sua receita com bioeletricidade

O gerente industrial, Luiz Fernando Murakami, conta os detalhes

Bioenergética Aroeira: obtendo
Bioenergética Aroeira: obtendo

A Bioenergética Aroeira, localizada em Tupaciguara (MG), é uma usina construída há apenas dez anos, e que, de lá para cá, está em uma curva ascendente de investimentos e resultados positivos. Isso não é fruto do acaso, já que a unidade produtora apostou em ações que vão desde a construção e a ampliação de sua fábrica de açúcar VHP, a implantação de uma segunda caldeira e uma segunda linha de extração, a criação de uma central energética e até mesmo a emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA).

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Obstinada por bons resultados e em sinergia com as melhores práticas de gestão, a direção da usina também decidiu avançar no processo de transformação digital de sua indústria, como forma de aperfeiçoar seus processos e aumentar sua rentabilidade. Essa inserção aconteceu ao implementarem o S-PAA, software de Otimização em Tempo Real (RTO), para laços de vapor. Os resultados observados são altamente relevantes.

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O gerente industrial da Bioenergética Aroeira, Luis Fernando Murakami, expõe e explica em detalhes. “Do dia 6/8 até o dia 12/09, tivemos uma moagem diária acima de 11.000 toneladas/dia. Dentro deste contexto operamos os laços com 15 dias habilitados e 15 dias desabilitados. Sendo que, observamos o dia habilitado sendo maior de 85% do tempo habilitado e o dia desabilitado, sendo menor que 85% do tempo habilitado”, esmiúça Murakami.

Quanto aos resultados, o gerente industrial informa que houve aumento da geração e exportação de energia, redução do consumo de vapor por ART processado, redução no consumo específico global do conjunto de geração e redução do consumo de vapor de processo. Os números detalhados podem ser observados na tabela abaixo.

Aumento com receita da cogeração também é fruto de menor consumo de bagaço

Equipe industrial da BioAroeira com representantes da Pró-Usinas

De acordo com Luis Fernando Murakami, bons resultados financeiros foram obtidos com a produção de energia elétrica cogerada, graças a instalação do S-PAA, já que o software calcula em tempo real a energia mínima necessária pelo processo, mantendo os alvos de brix e consequentemente de vapor V1 que atendem a estratégia de produção da usina.

Ele comenta os detalhes. “Esta atuação supracitada captura a oportunidades de redução de carga nos geradores de contrapressão (principalmente TG1), permitindo o aumento de carga na condensação. Levando a uma eficiência maior do conjunto de geração (menos vapor para gerar um MW). Temos com isso uma redução de 0,47 toneladas de vapor por MW gerado. Esta redução equivalente a um consumo de vapor do conjunto é de 19,33 ton/h, que leva a uma redução de consumo de bagaço da ordem de 8,78 ton/h”, avalia Murakami.

Segundo ele, por estratégia comercial relativa ao mercado, o bagaço foi utilizado para aumentar a cogeração e explorar ao máximo a vazão das caldeiras. Extrapolando o aumento para uma safra de 5.000 horas de operação efetiva. O aumento calculado de geração seria de 15.000 MW no total de uma safra. “Considerando o aumento da exportação (+ 3 MWh) e  um preço médio de R$ 270,00 /MWh, o aumento da receita com a implementação de R$ 4.050.000,00 na safra”, quantifica o gerente industrial.