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Bioenergética Aroeira construirá planta de biometano em Minas Gerais

A unidade terá capacidade para produção de 4 milhões de metros cúbicos por safra

A Bioenergética Aroeira coloca Minas Gerais no circuito do metano zero, com a estruturação de uma planta de biometano.

Com investimento inicial de 30 milhões, a unidade será construída na cidade de Tupaciguara, sendo a primeira planta de biometano do Estado.

A investidora é a ZEG Biogás, que tem entre seus acionistas a distribuidora Vibra Energia (ex-BR Distribuidora), com 50% de participação, além do grupo ZEG e da consultoria FSL, com os outros 50%.

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Segundo o diretor-presidente da Aroeira, Gabriel Feres Junqueira, a construção terá início no próximo mês de outubro, com previsão para produção e venda de biometano, a partir de abril de 2024.  “Teremos um investimento inicial de R$ 30 milhões, podendo chegar a R$ 120 milhões nas etapas de expansão futura”, informou Junqueira ao JornalCana.

Na primeira etapa do projeto, a planta terá capacidade para produzir 4 milhões de metros cúbicos de biometano por safra. Nos próximos anos, a produção pode ser ampliada para até 16 milhões de metros cúbicos anuais.

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Gabriel Feres Junqueira, diretor-presidente da Aroeira

“Com a nossa tecnologia modular, que permite o desenvolvimento do potencial da usina em fases do potencial da usina, podemos crescer de acordo com o avanço do mercado local. No caso da usina da Aroeira, é possível expandir a produção em até quatro vezes”, explicou Daniel Rossi, conselheiro da ZEG Biogás.

A ZEG Biogás quer enquadrar o projeto no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi). Essa possibilidade surgiu com a criação do programa Metano Zero pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em março, que permitiu que investimentos em biometano solicitem isenção de PIS/Cofins para novos aportes.

A produção da nova planta será utilizada parcialmente na frota de caminhões da própria Bioenergética Aroeira, em substituição ao diesel. O restante do volume será distribuído para as indústrias da região na forma de BioGNC (biometano comprimido).

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Daniel Rossi, conselheiro da ZEG Biogás

“Esse projeto carrega o conceito de economia circular, uma vez que utiliza resíduos da fabricação de etanol para produzir combustível verde para a frota da própria usina e de outros clientes da região”, explica Junqueira.

Segundo a Aroeira, apenas a primeira fase do projeto, que prevê produção de 4 milhões de metros cúbicos de biometano ao ano, evitará a emissão de 10 mil toneladas de gás carbônico equivalente na atmosfera, equivalente ao plantio de cerca de 1 milhão de árvores nos próximos 15 anos.

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A Bioenergética Aroeira, que em julho completou 14 anos de atividade, conta com uma moagem atual de 3 milhões de toneladas de cana, 240.000 toneladas de açúcar VHP, 110 milhões de litros de etanol anidro e hidratado, e 170.000 MWh de exportação de energia.

 

 

 

 

 

 

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