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Bioeletricidade perde para eólica em leilão

O pessimismo em relação ao leilão de compra de energia que será promovido nos próximos dias 17 e 18 deste mês, prevaleceu na renião realizada ontem (10/8) em Sertãozinho (SP) com produtores de bioeletricidade. Promovido pelo Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br) e pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA ) foram reivindicadas diretrizes que garantam a isonomia para o bagaço e a palha da cana em relação à energia eólica.

“No último leilão a bioeletricidade tomou uma surra da eólica”. A frase é do pesquisador Guilherme de Azevedo Dantas, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que foi um dos palestrantes do evento. Ele sugeriu um avanço no relacionamento dos produtores de bioeletricidade com o governo federal.

Segundo ele, no último leilão a eólica apresentou custos 10% inferior à biomassa. “O preço-teto estipulado pelo governo leva à baixa expectativa da biomassa nos próximos leilões. Não dá para dissociar a expansão do setor de bioeletricidade com os efeitos da crise de 2008 que praticamente paralisou a expansão de novas usinas. Embora falte cultura de energia ao setor sucroenergético, a localização geográfica das usinas são ponto forte a favor dos projetos de biomassa. O setor também deve se preocupar e investir em projetos de pesquisa de desenvolvimento para a gaseificação da biomassa, tecnologia que pode praticamente duplicar a produção de bioeletricidade”, concluiu.

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