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Biodiesel já é uma realidade do público brasiliense

Dois postos no Distrito Federal comercializam o diesel dissolvido ao óleo vegetal. A expectativa é de que até o final do próximo ano, 15 postos ofereçam o óleo vegetal

( Brasilia, Distrito Federal, Brasil – Comunique-se – )

Brasília, O Programa Nacional de Biodiesel, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004, começou a ser implementado este ano. O Biodiesel surge como uma alternativa mais econômica e viável do ponto de vista ambiental e, há algum tempo, já está sendo vendido pela distribuidora ALE Combustíveis, em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Desde o último dia 13, o Distrito Federal foi autorizado a comercializar o produto.

O novo combustível é produzido a partir de óleos vegetais, como dendê, palma, soja ou mamona que, no primeiro momento, serão dissolvidos ao óleo diesel na porcentagem de 2%. A meta é aumentar esse índice para 5% em 2010. Em janeiro de 2008, todo o diesel comercializado no país deverá vir misturado com o combustível vegetal.

Em Brasília, dois postos da distribuidora ALE Combustíveis, em São Sebastião e em Planaltina, comercializam o novo produto. Os custos iniciais para a produção dos óleos vegetais ainda são mais altos que o do óleo diesel mineral. Mas o engenheiro mecânico Alessandro Soldi, diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF), acredita que isso não implicará em ônus ao consumidor, que deve pagar o mesmo preço do óleo diesel.

Até o final de 2006, a expectativa é de que, pelo menos, 15 postos ofereçam o óleo vegetal em todo o Distrito Federal e Entorno. “Com o aumento da oferta e, claro, com a pressão do público brasiliense que, com certeza, exigirá utilização de um combustível que gera divisas no país, diminui a emissão de gases, além de favorecer o trabalhador rural, o custo do biodiesel tende a diminuir”, acredita o engenheiro.

O Programa Nacional de Biodiesel possui uma importância estratégica, do ponto de vista econômico e ambiental. O cultivo das matérias-primas para a produção dos óleos vegetais vai gerar novas fontes de emprego e renda para o homem do campo.

O governo federal vem tentando aprovar um projeto que visa conceder isenções fiscais ao biodiesel produzido com matéria-prima cultivada por pequenos agricultores nas regiões Norte e Nordeste. A intenção é desenvolver a agricultura familiar e trazer riquezas para o interior do país. “Todas essas medidas ajudarão o Brasil a não ficar tão dependente do petróleo para movimentar a sua frota de caminhões, ônibus e carros de médio porte”, considera Alessandro.

Combustível viável – A utilização de combustíveis produzidos a partir de produtos vegetais já é uma realidade no continente europeu, desde 1998. Uma pesquisa feita em oito países que adotaram o biodiesel, entre eles Alemanha, França, Bélgica, Itália e Suécia, mostrou que ele é viável economicamente. Há seis anos, essas nações consumiram juntas 195 mil toneladas do produto em um ano. Em 2000, esse número passou para 427 mil.

Nos Estados Unidos, já existem quatro milhões de automóveis rodando com mistura de gasolina e álcool de milho. Na Alemanha, 1.800 postos oferecem biodiesel com óleo de canola. Em algumas províncias da China, é obrigatória a adição de 10% de álcool à gasolina.

Para Alessandro Soldi, o Brasil está no caminho certo. Ele afirma que do ponto de vista operacional e técnico, o biodiesel não terá um impacto negativo para quem utilizar esse combustível nos seus veículos, pois o percentual ainda é muito pequeno. “Mas acredito que as montadoras estão realizando diversas pesquisas, no sentido de aprimorar a mecânica dos veículos para absorver o produto vegetal. O país, dentro de poucos anos, tem tudo para ampliar o uso do biodiesel”, diz.

E, de fato, a cooperação entre universidades brasileiras e algumas montadoras permite os avanços nas pesquisas de combustíveis alternativos. Químicos e engenheiros da USP e UnB são alguns dos acadêmicos que celebram a melhora ambiental proporcionada pela mistura do biodiesel ao tradicional. O primeiro efeito é a redução no lançamento de gases poluentes: tanto do monóxido de carbono (30% a menos) quanto do enxofre. A utilização do biocombustível – uma fonte renovável – também implica uma exploração menor do petróleo (matriz do diesel) – recurso escasso e poluente.

O Sincodiv-DF é filiado à Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e conta com 47 associados.

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