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Biodiesel começa a ser vendido

Dois postos de combustível do Distrito Federal já estão trabalhando desde ontem com o biodiesel. Produzido a partir de vegetais oleaginosos, o produto pode ser adicionado ao óleo diesel. O Programa Biodiesel foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2004. A Lei permite o uso do combustível a partir deste ano.

Inicialmente, é permitida uma mistura de 2% de biodiesel no óleo diesel. No entanto, a partir de 2008 a composição será obrigatória no País. Já em 2010, o índice deverá passar para 5%. As matérias-primas do insumo são a palma, nabo forrageiro, mamona, soja, girassol e babaçu. Além de menos poluente, segundo especialistas, o biodiesel aumenta a vida útil dos motores.

Dois postos do DF já dispõem da novidade: ambos da bandeira Ale, em São Sebastião e Planaltina. A meta da empresa é comercializar o combustível em mais cinco postos do DF até fevereiro e em mais 10 até o fim de 2006. Hoje, a Ale irá inaugurar a comercialização do biodiesel em Goiânia. A companhia já trabalha com o novo composto nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A BR Distribuidora (Petrobras) comercializa o produto no Pará e Piauí.

De acordo com o subchefe-adjunto da Casa Civil da Presidência da República, Rodrigo Rodrigues, o biodiesel terá importância fundamental para o Brasil. “Há a vantagem ambiental, com a redução da emissão de gases. Sua produção também gera emprego e renda no País e está contribuindo para a redução da importação”, afirma.

Rodrigues destaca que o Brasil importa cerca de 8% a 10% dos 40 bilhões de litros de diesel consumidos anualmente. Ele cita a Alemanha como a principal nação produtora e consumidora do biodiesel. A diferença naquele país é que há comercialização de combustível 100% composto por biodiesel. Para que isso se tornasse possível, as montadoras produziram carros adaptados ao combustível. França e Estados Unidos são dois outros países adiantados na produção da modalidade.

O presidente do Conselho Administrativo da Ale, Sérgio Cavalieri, ressalta que o consumo de biodiesel, além de trazer benefícios ambientais, traz melhorias para os veículos. “Os carros funcionam até melhor com o uso do biodiesel, pois ele é um aditivo que age como lubrificante”, explica. Cláudio Zattar, diretor-superintendente da Ale, acredita que o biodiesel poderá em um futuro próximo ser um redutor de custo nos combustíveis.”A aceitação do consumidor nos impressionou. A procura pelo produto aumentou a venda nos postos em 15%”, disse.

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