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Biodiesel caipira já abastece tratores

O biodiesel – combustível extraído a partir de vegetais – já é uma realidade em Mato Grosso. Com a alta do preço do petróleo nos últimos anos, que levou o litro do diesel a mais de R$ 2,00, os produtores apelaram para uma solução caseira: abastecer parte, ou em alguns casos até a totalidade, de seus equipamentos com óleo de soja.

Abundante na região, o substituto informal do diesel custa menos da metade do preço do derivado de petróleo é obtido diretamente nas refinarias de óleo de soja. “Tem gente que usa há três anos e nunca teve problemas nas máquinas”, diz Adilton Sacchetti, produtor de soja e prefeito de Rondonópolis. “O biodiesel veio para ficar.”

Em 2008, por lei, o diesel tradicional vendido em todo o País terá de conter uma mistura de 2% de óleo vegetal – porcentual que vai crescer ao longo dos anos até atingir os 100%. Considerado ecologicamente e socialmente correto, pois polui menos e integra pequenos agricultores à cadeia produtiva, o biodiesel é alvo de um esforço do governo federal para sua adoção em grande escala.

A expectativa em Mato Grosso é de que a prática informal vire negócio em breve. As fazendas de Sacchetti consomem 5 milhões de litros de diesel por ano. Ele está planejando produzir o próprio combustível.

Assim como o produtor Otaviano Pivetta, que consome 6 milhões de litros de diesel anualmente e está em negociações com um grupo técnico para começar a fazer biodiesel a partir do girassol já no ano que vem. “A princípio, para consumo próprio”, diz Pivetta. Mas nada impede que, se as circunstâncias ajudarem, o biodiesel caipira, como é chamado pelos produtores, alce vôo próprio nos planos de negócios. [ASSINAPE](J.P.N.)

NÚMEROS

R$ 2 é o preço médio do óleo diesel em Mato Grosso

R$1 é quanto os produtores gastam

para comprar um litro de óleo de soja

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