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Biodiesel, a nova economia

Com rapidez, o biodiesel está conquistando o seu espaço e gerando uma nova economia de mercado. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel (Abiodiesel), Nivaldo Rubens Trama, este setor está criando novas vertentes: a produção de

sementes oleaginosas, a distribuição de novos produtos (a própria mistura de óleo diesel e biodiesel), o segmento de exportação desse biocombustível e uma nova área de logística para atendimento desse mercado.

“O desenvolvimento do setor é surpreendente, além da expectativa”, admite o presidente da Abiodiesel. O surgimento de novas empresas processadoras de matéria-prima, para a fabricação desse biocombustível, é responsável pelo momento de euforia. De acordo com

ele, 22 unidades produtoras estão em funcionamento no Brasil. Outras 40, com projetos e pedidos de licenciamento ambiental em andamento, serão implantadas a partir de 2.008. Nivaldo Trama calcula que a capacidade instalada de produção, que é de aproximadamente 1,2 milhão de metros cúbicos de biodiesel por ano, vai ultrapassar o dobro desse volume até meados do próximo ano, alcançando 2,5 milhões de toneladas.

Na opinião do presidente da Associação, a liderança mundial será o caminho natural do setor de biodiesel brasileiro, que deixará para trás a Alemanha, o maior produtor e consumidor europeu de biodiesel, sendo considerado o país mais avançado nessa área. A conquista do primeiro lugar deverá acontecer pelos mesmos motivos que colocam o etanol do Brasil em posição de destaque no mundo: disponibilidade de

áreas agricultáveis, condições climáticas favoráveis, tecnologia de produção com custo de implantação mais acessível, entre outros fatores. “O setor sucroalcooleiro brasileiro deveria inclusive descolar dos Estados Unidos. Tem total condições de se manter na dianteira”, comenta.

Apesar de estar com uma produção em torno de 600 mil metros cúbicos por ano – ainda abaixo dos 800 mil necessários para atender a mistura obrigatória de 2% ao diesel a partir de janeiro de 2008 -, o presidente da Abiodiesel acredita que não haverá problemas para atendimento da demanda. Com a entrada em funcionamento de novas unidades e o aumento da produção, com a maior utilização da capacidade já instalada, haverá um excedente que começará a ser exportado, a partir do próximo ano.

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