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Biocombustível pode agravar aquecimento

Cultivar grãos para transformá-los em biocombustíveis resulta em grandes volumes de dióxido de carbono sendo liberados na atmosfera, segundo dois estudos publicados na “Science”, se áreas naturais forem desmatadas para tais fins.

De acordo com cientistas da Universidade de Minnesota e da ONG The Nature Conservancy, os biocombustíveis seriam grandes armadilhas porque, na verdade, agravariam os efeitos do aquecimento global ao acrescentar novas emissões de gasesestufa às já exitentes. Os grãos atualmente cultivados para produzir energia, sustentam os cientistas, liberam mais CO2 do que as plantas absorveriam durante o seu crescimento.

No caso de alguns grãos, afirmam, seriam necessários vários séculos para que o seu cultivo superasse as emissões.

Um dos piores casos relatados é na Floresta Amazônica.

Segundo os estudos, a destruição da floresta para o cultivo de soja voltada à produção de biodiesel, por exemplo, requereria 319 anos para reverter o déficit de CO2.

— Os biocombustíveis usados hoje causam destruição de habitat, direta ou indiretamente — afirmou Joe Fargioine, coordenador de um dos estudos.

A conversão de florestas em áreas de cultivo de milho, cana ou soja libera de 17 a 420 vezes mais CO2 do que o volume poupado pela substituição dos combustíveis fósseis pelos biocombustíveis.

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