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Biocombustível de celulose terá mercado apenas em 2015

O uso comercial em larga escala de biocombustíveis da chamada “segunda geração”, produzidos a partir da celulose, deve demorar mais oito anos, segundo avaliou o Rabobank na quarta-feira.

Os biocombustíveis de grãos, de cana-de-açúcar e oleaginosas não seriam capazes de atender à demanda, devido a limitações de área, disse Stephane Delodder, analista do Rabobank.

As empresas estão experimentando novas técnicas de fermentação da celulose ou de fibras de plantas, como farelo ou palha de trigo.

“A segunda geração não será economicamente viável antes de 2015”, disse Delodder à Reuters, durante uma conferência organizada por analistas da F.O. Licht.

Uma autoridade da Royal Nedalco, fabricante holandesa de etanol, anunciou na conferência que a empresa já havia desenvolvido uma técnica de segunda geração que seria competitiva financeiramente dentro de cinco anos, para algumas matérias-primas.

Delodder afirmou que a escassez de energia forçará a indústria a avançar além da segunda geração.

“Conforme a necessidade se torna mais urgente e os (combustíveis) fósseis se esvanecem, a pesquisa também será forçada a se desenvolver mais rapidamente para a terceira e quarta geração dos combustíveis”, explicou.

Os cientistas poderiam descobrir como as plantas armazenam energia e imitar o processo, disse Delodder.

“Utilizamos a natureza para extrair energia do trigo, colza ou madeira e, com os processos industriais, retiramos a energia e a disponibilizamos para os carros.”

“Se pudermos encontrar uma maneira de… capturar a energia sem termos de utilizar estas usinas e soubermos como estas plantas convertem a energia em amido ou celulose, poderíamos produzir em escala industrial tanto a celulose quanto o amido”, acrescentou.

Outro modo de captação de energia renovável utilizado pelo homem, a célula fotovoltaica, também captura a energia solar diretamente -porém Delodder disse que a terceira geração de biocombustíveis será mais eficiente.

“O que você vê nos combustíveis é algo muito mais concentrado e pode ser armazenado por mais tempo”, explicou, apontando que “estamos a alguns passos de chegar lá.”

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