Mercado

Biocombustíveis não ameaçam alimentos, diz Ipea

Mesmo com a expansão das lavouras de cana-de-açúcar nos últimos anos, uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quarta-feira, afirma que o país não vai perder potencial como produtor de alimentos em função desse crescimento. Para isso, o estudo Biocombustíveis no Brasil: Etanol e Biodiesel, ressalta a necessidade de o Estado regular a fabricação de etanol e priorizar a produção de alimentos com financiamento e infraestrutura.

Segundo o documento, um dos grandes desafios do mercado de etanol é a estabilidade dos preços, além da formação de um grande estoque regulador a partir deste ano, que estará contemplado com R$ 2,4 bilhões no próximo plano safra. Outras medidas para evitar tais oscilações são a consolidação das compras futuras e a liberação da alíquota para importação de etanol, que era de 20% e foi suspensa pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) no início de abril.

A pesquisa revela que o mercado internacional de etanol poderá atingir 200 bilhões de litros nos próximos dez anos. Na última safra, o Brasil produziu 25 bilhões de litros, dos quais 4,7 bilhões foram exportados. O protecionismo aos mercados externos, entretanto, pode apresentar um empecilho a essa expansão, de acordo com o Ipea.

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