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Biocombustiveis: brasil e eua firmam intercâmbio educacional

Ampliar a troca de dados científicos sobre produção de combustíveis renováveis entre instituições de Ensino Superior sediadas no Brasil, país com o programa de utilização do etanol mais bem-sucedido do mundo, e os Estados Unidos (EUA), os maiores produtores e consumidores mundiais de etanol. A iniciativa, apoiada pelo departamento de Estado do Governo norte-americano, prevê a criação da Rede de Educação Superior e de Pesquisa entre Brasil e EUA (The Fulbright Commission for Educational Exchange between Brazil and the United States of America).

Nela, docentes, cientistas e estudantes de ambos os países farão um intercâmbio de informações sobre oportunidades de financiamento de projetos ligados aos biocombustíveis e planos conjuntos de pesquisa. Todas as informações compartilhadas estarão disponíveis para os membros da Rede por meio do portal eletrônico www.brazil-usa-henetwork.org.

O maior envolvimento entre pesquisadores de instituições brasileiras e norte-americanas permitirá uma troca de informações principalmente na área de Pesquisa & Desenvolvimento, onde serão feitas análises sobre a fermentação, purificação, qualidade, armazenamento e transporte de etanol no Brasil e nos EUA. Os dois países detêm os maiores programas de etanol do mundo e, juntos, são responsáveis por 70% de toda a produção mundial. O fortalecimento da cooperação entre Brasil e EUA, a partir do intercâmbio de idéias, conhecimento e resultados na área de biocombustíveis permitirá uma maior consolidação do uso de biocombustíveis como alternativa de democratização energética e mitigação da mudança climática pela redução das emissões de gases de efeito-estufa, afirma o diretor executivo da União Nacional da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa.

Haverá também um intercâmbio entre processos de melhoramento genético das matérias-primas usadas na fabricação de combustíveis renováveis e um debate sobre a utilização de outras fontes. Além da cana-de-açúcar e do milho, largamente usados por Brasil e EUA na produção de biocombustíveis, respectivamente, serão feitas avaliações sobre o aproveitamento de outras matérias-primas naturais, como algas e gordura animal.

Desempenho, durabilidade e emissões de gases poluentes oriundos de motores e lubrificantes automotivos, bem como a aplicação do conceito de sustentabilidade na fabricação e utilização dos biocombustíveis, serão outros assuntos discutidos pelos participantes da Rede.

A lista dos participantes da Rede de Educação Superior e de Pesquisa Brasil-EUA ainda não foi fechada. Para se integrar ao grupo é preciso ter o aval de uma comissão formada pelos próprios membros da Rede, que avaliam as informações enviadas pelos interessados por meio de um cadastro.

Os requisitos exigidos para ser tornar um membro são: ter doutorado e s! er atuante na área de biocombustíveis com no mínimo um artigo publicado em revista científica e/ou projeto de pesquisa na área; e estar formalmente vinculado a uma instituição de pesquisa, ensino ou indústria; ou qualificações comparáveis.

Alunos de Pós-Graduação interessados em participar das atividades e projetos da Rede, deverão ter a recomendação de seus coordenadores institucionais, além das exigências descritas acima. Os estudantes que não possuem algumas das qualificações necessárias deverão contatar diretamente o secretariado da Rede.

A Rede de Educação Brasil-EUA é coordenada pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Anselmo Suarez e por Michael Haas, do Eastern Regional Research Center, um braço do departamento de Agricultura norte-americano (USDA).

Os membros brasileiros do conselho consultivo são docentes ligados às universidades federais de São Paulo (USP), Rio de Janeiro (UFRJ), Uberlândia (UFU) e de Alagoas (UFAL), além de uma pesquisadora especialista em soja ligada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os EUA são representados pelo Laboratório Nacional de Argonne e por três instituições educacionais sediadas nos Estados da Pennsylvania, Iowa e Illinois.

As informações partem da assessoria de comunicação da Unica.

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