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Bicombustível já não ajuda a economizar

Comprar carro hoje, no Distrito Federal, pode estar fácil, mas embute um desafio com que os consumidores deverão se acostumar: a tendência das fábricas em produzir veículos bicombustíveis, abastecidos tanto à gasolina quanto à álcool. A novidade, lançada há cerca de quatro anos no mercado, parece bastante vantajosa, mas hoje o mercado reclame que a tecnologia não mais ajuda na hora de diminuir os gastos com combustível. É o caso do estudante de Direito Eduardo Pereira, 19 anos, que comprou um Fox 1.6, da Volkswagen. Ele afirma que o veículo tem apresentado problemas de consumo desde que foi adquirido, em 2004.

– O carro sempre consumiu muito, algo em torno de 7.3km por litro com álcool, e 9.5km/litro com gasolina. Cheguei a mandar para conserto na concessionária, onde seencontrou um problema. Consertaram na hora, mas dias depois o problema voltou. A maioria dos conhecidos que têm carro com motor bicombustível reclama dessa questão do consumo – afirma.

A engenheira Maria do Socorro Soares, 52 anos, comprou um EcoSport em julho passado. Ela afirma que ainda não teve como averiguar se o gasto subiu, mas conta que foi informada de que o rendimento do álcool no bicombustível costuma cair.

– Estou anotando a quilometragem para fazer os cálculos ejá acredito que a possibilidade de abastecer o carro à álcool não tem sido muito vantajosa. O preço do combustível aumentou demais. A gasolina é mais cara, mas rende mais. O álcool gasta muito e está caro do mesmo jeito. Acaba dando no mesmo. Prefiro, então, optar pelo álcool, mas por uma questão puramente ecológica – diz.

O gerente comercial de uma concessionária da Chevrolet, Carlos Eduardo Marques, rebate a afirmação dos dois consumidores dizendo que o gasto de combustível é uma questão delicada, por depender da forma como o motorista dirige.

– Vários fatores levam um carro a gastar mais. A média de aceleração, o tipo de rodagem, os trajetos, tudo influencia. O bicombustível é mais vantajoso. E a tendência é de que os carros movidos apenas à álcool ou gasolina parem de ser fabricados. Hoje, aqui no DF, as vendas de bicombustíveis representam 70% do número de automóveis comercializados – informou.

A diretora comercial Maria Lúcia Arantes, de uma concessionária da Fiat, diz que mesmo com a tendência, é possivel encomendar um carro movido apenas com um tipo de combustível, basta ser da preferência do cliente.

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