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Barreira a etanol não cairá logo

Numa declaração pública feita após o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Barack Obama ressaltou que no campo do biocombustível, “Brasil e Estados Unidos precisam unir forças “para ajudar outros países da região”. Segundo Obama, o trabalho do Brasil na área do biocombustível é avançado, reconheceu que o assunto é motivo de “tensão” entre os dois países, mas afirmou que o sistema “não vai mudar do dia para a noite”. Obama reconheceu, porém, que as tarifas norte-americanas sobre as importações de etanol têm sido “uma fonte de tensão” que não irá mudar da noite para o dia.

Os produtores brasileiros de etanol não estão satisfeitos com a tarifa de importação de 0,54 centavos de dólar para cada galão de etanol exportado do Brasil para os EUA.Já os produtores norte-americanos de etanol, que recebem subsídios do governo dos EUA, temem que as importações de etanol inundem o mercado norte-americano prejudicando assim os seus negócios. “Com o tempo, a fonte de tensão pode ser resolvida”, disse Obama, sem indicar se haveria uma diminuição das tarifas norte-americanas de importação do etanol, que devem vigorar até 2010.

Uma das principais demandas de Lula é fazer com que os EUA derrubem as barreiras para o biocombustível. O brasileiro disse não esperar mudanças imediatas e que esse é um processo a ser construído entre os dois países.

estudo. Um levantamento feito pelo próprio governo americano coloca em dúvida a capacidade dos EUA de cumprir sua meta de expandir a produção de etanol no país na próxima década, como havia previsto. O resultado do estudo veio no mesmo momento em que o Brasil cobrou uma explicação dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre seus subsídios distorcivos.

A diplomacia americana rejeitou classificar os programas de ajuda como incentivos ilegais e ignorou o pedido brasileiro de esclarecimentos. Na quinta-feira, o Itamaraty questionou os americanos em uma reunião da OMC e pediu uma esclarecimento sobre o apoio financeiro dado pelos EUA ao setor de biocombustíveis.

O Brasil queria saber se um programa de incentivo fiscal não seria um subsídio agrícola ilegal, que estaria contribuindo para distorcer o mercado do biocombustível. Os incentivos seriam de pelo menos US$ 100 milhões por ano em redução de impostos.

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