Banco do Brasil liberou R$ 9,29 bilhões em crédito para o setor em Minas entre julho e abril

Os desembolsos do Banco do Brasil (BB) para o agronegócio de Minas Gerais totalizaram R$ 9,29 bilhões entre julho de 2013 e abril de 2014, queda de 15,59% frente ao valor de R$ 10,9 bilhões destinados ao Estado em igual período do ano safra anterior. A expectativa é de que o volume de crédito aplicado no setor pelo BB chegue a R$ 12 milhões até o encerramento da safra, que acontece em junho.

Os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) mostram que os desembolsos voltados para a cultura do café, principal produto do agronegócio mineiro, retraíram 22,22% no período, com o valor do crédito reduzindo de R$ 2,7 bilhões (liberados entre julho de 2012 e abril de 2013) para R$ 2,1 bilhões na safra atual. Ao todo, foram aprovados na safra atual 37,4 mil contratos.

Para a pecuária de leite, o crédito desembolsado pela instituição financeira foi de R$ 1,001 bilhão, frente aos R$ 1,07 bilhão liberados anteriormente, queda de 6,4%. Para a pecuária de corte, as liberações somaram R$ 772 milhões, retração de 23,18%.

Os 5,7 mil contratos aprovados para a lavoura de milho somaram em recursos R$ 705 milhões, valor 17,54% menor que os R$ 855 desembolsados em igual intervalo da safra passada.

Já os recursos destinados à soja somaram ao longo dos 10 primeiros meses da safra R$ 520 milhões, ficando 20,5% inferior ao valor de R$ 654,5 milhões desembolsado em igual período do ano anterior.

Para os laticínios os recursos somaram R$ 149,2 milhões, retração de 58,6%. O Banco do Brasil aprovou para a bovinocultura mista (leite e corte) cerca de 24,5 mil contratos, que somaram R$ 455 milhões em crédito, expansão de 10,43%.

Regiões

As regiões que demandaram maior volume de recursos foram o Sul, R$ 1,91 bilhão, seguido pelo Alto Paranaíba, R$ 1,49 bilhão, Central, R$ 1,31 bilhão, e Triângulo, R$ 1,23 bilhão.

Somente para a agricultura empresarial, foram liberados R$ 7,39 bilhões na safra 2013/14, com a aprovação de 37,5 mil contratos. A linha que demandou maior volume de recursos foi a de custeio, para a qual foram desembolsados R$ 3,7 bilhões, aprovados 19,2 mil contratos e participação de 50,20% no total de crédito liberado para a agricultura empresarial.

Em seguida, veio a linha de investimentos, que demandou cerca de R$ 1,51, bilhão, e a de comercialização, com R$ 1,080 bilhão aplicados. Para o segmento de outros, que engloba a agroindústria, foram liberados R$ 1,088 bilhão em crédito.

Já para a agricultura familiar os desembolsos somaram R$ 1,9 bilhão, com a aprovação de 107,7 mil contratos. Somente para a linha de investimento, foram aprovados 44,4 mil contratos com liberação de R$ 975 milhões em recursos. Para custeio, o desembolso foi de R$ 927,6 milhões e 63,3 mil contratos.

(Fonte: Diário do Comércio – Belo Horizonte/MG)