Balança tem saldo de US$ 668 milhões
Favorecidas pelo desaquecimento do mercado consumidor interno e pela alta de preços internacionais, as exportações atingiram, nos primeiros três dias de junho, o melhor desempenho do ano com média diária de US$ 502,7 milhões. Apesar da persistente baixa do dólar em relação ao real, as importações, porém, caíram abaixo do patamar de US$ 290 milhões diários onde permaneceram por três semanas em maio, e ficaram em US$ 280 milhões, em média, nos três primeiros dias úteis do mês, apenas 6,3% acima da média de junho do ano passado.
Com esses resultados, na primeira semana do mês, o saldo do comércio exterior foi de US$ 668 milhões e o superávit comercial acumulado no ano chegou a US$ 16,3 bilhões.
O crescimento médio de 13,2% na média diária das exportações, em relação a junho de 2004, se deveu, principalmente, ao aumento de vendas de manufaturados (23%), como óleos combustíveis, telefones celulares, açúcar refinado, motores e geradores e veículos. “As empresas têm de exportar, para garantir volume de produção e manter o preço no mercado interno”, comenta o vice-presidente da Samsung para novos negócios na América Latina, Benjamin Sicsu, ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento.
Outros exportadores vêm sendo beneficiados pelo aumento nos preços internacionais. No primeiro quadrimestre do ano, por exemplo, o preço médio por tonelada exportada do açúcar refinado aumentou quase 30%, enquanto o preço médio dos derivados de petróleo cresceu entre 18% (gasolina) e 231% (outros derivados).
Nos três primeiros dias de junho, os setores com maior aumento nas exportações foram o de minérios (165% em relação a junho de 2004) e eletroeletrônico (82%). Houve queda nas exportações do setor de soja (45,4%), de petróleo (30%), têxteis (5%) e suco de laranja (78,7%).
O crescimento das importações foi influenciado principalmente pelo aumento nas compras de matérias-primas, como produtos siderúrgicos (81,7%), de borracha (62%) e de alumínio (52%). As maiores quedas, entre os principais produtos da pauta de importações, foram as de cereais e produtos para moagem (53%), além de aeronaves e peças para este setor (26,2%).
