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Balança do agronegócio atinge a cifra recorde de US$ 33 bilhões em 2004

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram a cifra recorde de US$ 33,055 bilhões entre janeiro e outubro, valor que superou toda a venda de produtos da agropecuária feita no exterior em 2003. Com forte peso nos negócios com carne, soja, açúcar, álcool, madeira e lácteos, os embarques expandiram 29,5% em comparação a igual período do ano passado. Para o último trimestre deste ano, no entanto, o ritmo das exportações deverá ser menor em decorrência da expectativa de queda dos preços das commodities e da menor demanda externa.

Descontada a importação de US$ 4,025 bilhões, as exportações nos primeiros dez meses do ano foram responsáveis pelo superávit recorde de US$ 29,030 bilhões na balança do agronegócio, 34,7% mais que no ano passado. O aumento dos embarques é resultado da ampliação do volume embarcado combinado com a valorização das commodities.

Relatório divulgado ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicou que as exportações que mais se destacaram foram do complexo soja (29,1%), carnes (55,7%), madeira (48,4%), açúcar e álcool (36,5%), cereais e farinhas (129%), café, mate e especiarias (29,1%). Os preços médios que mais cresceram foram da soja em grão (31,8%), farelo de soja (25,1%), carne bovina (19%), frango (18,2%), carne suína (36,3%) e café em grão (29,7%).

A União Européia foi a maior compradora com 34,6% do total. Os países asiáticos ampliaram a parcela de compras de 18,8% para 20,4% em 2004. Em compensação, o Nafta (Estados Unidos, Canadá e México) reduziu sua participação de 17,1% para 15,8%. As maiores taxas de elevação na compra de produtos da agropecuária produzidos no Brasil neste ano foram Mercosul (20,5%), União Européia (22,1%), Ásia (40,9% excluindo países árabes), Oriente Médio (45,8%) e África (49,4%).

As vendas externa do setor somaram US$ 3,191 bilhões em outubro, recorde histórico para o período e 1,1% acima do embarcado em igual mês de 2003. Carro-chefe do setor, o complexo soja, porém, amargou recuo de 36% nos embarques. A alta das vendas no último mês deveu-se à evolução dos negócios com carnes, madeira, café, açúcar, algodão, fumo e tabaco. As importações caíram 5% e fecharam em US$ 414 milhões. Com isso, o saldo positivo das operações de comércio exterior foi de US$ 2,777 bilhões.

O bom desempenho do agronegócio resultou também em valores recordes para as exportações e o superávit em 12 meses, que fecharam em US$ 38,1 bilhões e US$ 33,326 bilhões, respectivamente.

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