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Baixo investimento em saúde leva Fanem a priorizar exportações

Na tentativa de driblar o baixo investimento em saúde no Brasil, a Fanem aposta nas exportações de 2002. A empresa é especializada em equipamentos hospitalares e laboratoriais. A participação em feiras internacionais com o apoio da Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) nos últimos cinco anos triplicou (de 30 para 90) a carteira de países compradores da empresa.

Segundo a presidente da Fanem, Marlene Schmidt, as exportações representam, atualmente, cerca de 40% do faturamento (US$ 35 milhões em 2006) e devem chegar a 50% ao final do ano. “Pode chegar até a 60%. Infelizmente os grandes negócios da área de saúde não ocorrem no Brasil”, lamentou.

Apesar da preocupação do setor industrial com o real valorizado, Marlene afirma que a qualidade e o preço dos produtos, ainda competitivo, compensam o câmbio. Os US$ 14 milhões exportados no ano passado tiveram como principais destinos países latino-americanos e árabes. “Temos vendido mais a linha neonatal, pois já conta com a certificação CE”, explicou.

Os produtos da linha incluem incubadoras para bebês prematuros, incubadoras estacionárias, berços aquecidos e aparelhos de fototerapias. Países como a Áustria, Ucrânia, Sri Lanka, Bangladesh e Índia fazem parte dos novos compradores da companhia.

Além da linha neonatal, a Fanem também fornece equipamentos para laboratórios. “Abastecemos a maior parte do mercado industrial (laboratórios) brasileiro. Estufas, centrífugas e destiladores são alguns dos nossos produtos”, exemplificou a executiva. Estes produtos ainda não contam com certificação internacional, por isso são exportados predominantemente para países da América Latina.

De acordo com ela, a empresa está de olho nas usinas de açúcar e álcool. “As usinas usam destilador, centrífugas, demanda biológica de oxigênio, estufas e autoclaves. Creio que todos os laboratórios de testes comprarão equipamentos nossos”.

Entre os concorrentes internacionais da Fanem estão a General Eletric e a japonesa Aton. A alemã Dräger Medical é sócia minoritária da empresa. A executiva cita que a empresa detém aproximadamente 90% do mercado nacional. O domínio no Brasil se dá, na opinião de Marlene, pelos investimentos em novas tecnologias. Em 2006, cerca de US$ 3,5 milhões foram investidos pela Fanem na ampliação da operação e em novos produtos.

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