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Bagaço de cana é utilizado na construção de casas na África do Sul

O bagaço de cana já é utilizado para a construção civil na África do Sul. De acordo com André Efstathiou, representante da tecnologia no Brasil, a matéria-prima permitiu a fabricação de blocos ou tijolos que proporcionaram a construção de centenas de casas populares em Johannesburg.

Como o Brasil, a África sofre os problemas sociais de baixa renda, moradia e fatores ecológicos, por isso nos anos 70, o responsável pela tecnologia e diretor presidente da empresa J C B. PROJECTS LTD, Dr. John C. Blore deu início às suas pesquisas do sistema construtivo chamado “HEMI-STRUCT” de moradias que as patenteou em 1989. “Este sistema construtivo oferece todas as vantagens do sistema convencional tradicional utilizando somente fibra vegetal com resinas poliméricas, possibilitando uma montagem completa de uma casa de 54 m² em 72 horas”, garante Blore.

André Efstathiou explica que a fibra do bagaço recebe um tratamento que compreende desfibramento, secagem, moagem, até se obter o estado de polpa a uma umidade abaixo de 17%, que misturado com polímeros “RESIBOND – MPA” combinado com inibidores, retardantes, e biocidas consegue-se chegar na fabricação de blocos ou tijolos específicos para mineração com dureza chegando até 200 toneladas métricas de pressão. “Para a fabricação das placas, o processo é o mesmo modificando somente o polímero e utilizando gabaritos que variam de 4 a 6 metros de comprimento dependendo da parede a ser fabricada”, frisa Efstathiou.

O representante diz que existem grandes vantagens na utilização do bagaço para fabricação de tijolos. “Dependendo da quantidade de unidades construídas, o preço construtivo por m² pode chegar a metade do método convencional, ou seja, um custo de cerca de R$120/m², com a garantia de 20 anos e certificado “S.A.B.S”(IPT-Inmetro)Sul-Africano”, lembra.

André Efstathiou informa também que vários países estão interessados na implantação de casas piloto, entre eles, Malawi, Angola, Zambia, Moçambique, Lesotho, na África; Portugal, Grécia e Itália, na Europa; além de negociações com a China.

“Para os próximos três anos, pretendemos fornecer para a África do Sul, 12 milhões de blocos para mineração. Atualmente estamos somente conseguindo atender 60 mil por mês”.

O representante informa ainda que a empresa pretende se instalar no Brasil e entrar no mercosul, devido a grande quantidade de matéria-prima “bagaço de cana” . “Estamos procurando usinas em todo o Brasil, capazes de fornecer bagaço de cana. Com toda certeza precisamos de muitas parcerias, já que o mercado de exportação é promissor”, frisa.

Além da utilização na construção civil, outros produtos podem ser fabricados a partir do bagaço de cana, entre eles, caibros, vigotas. “Os preços podem ser até 30% mais barato que a madeira, já que os blocos para mineração substituem a madeira”, finaliza.

Mais informações Country Assessoria Internacional: country.ass.intl@uol.com.br.

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