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Bagaço da cana gera receita para usinas

O setor sucroalcooleiro passará a ter uma importância ainda maior para o Brasil. Segundo o gerente comercial da Koblitz, Marcílio Reinaux Jr., o aumento da geração de energia nas usinas, visando a venda de excedente, faz com que elas passem a ocupar um espaço representativo na matriz energética do país. Assim, as usinas começam a ser grandes geradoras de energia, atendendo à demanda e minimizando a crise.

Investindo em centrais termoelétricas para gerar energia, as usinas somam uma nova receita ao orçamento, além de continuarem comercializando açúcar e álcool. O bagaço da cana, produto até pouco tempo desprezado, é hoje um resíduo industrial valorizado, servindo de combustível no processo de co-geração. No momento, um dos projetos implantados pela Koblitz utilizando a matéria-prima é a central da Açúcar Guarani S/A, na cidade de Olímpia, em São Paulo.

Com previsão de funcionar em abril de 2003, a central tem potência instalada de 30 MW, com uma capacidade de geração de 100.000 MWh por ano. Segundo Marcílio Reinaux Jr., uma parte da energia gerada será consumida pela própria usina. Já o excedente de 12,5 MW, que equivale a 60.000 MWh/ano, será comercializado com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).

O bagaço da cana de açúcar, utilizado na central da Açúcar Guarani, é considerado um combustível limpo, que garante o desenvolvimento econômico sem prejudicar o meio ambiente. Isso porque o gás carbônico, liberado na atmosfera durante o processo de geração, é posteriormente absorvido pela cana de açúcar através da fotossíntese. Quando o protocolo de Kyoto estiver ratificado, provavelmente no ano que vem, a usina ainda poderá comercializar os créditos de carbono com empresas e governos que utilizam combustíveis fósseis e cujos países tenham leis ambientais exigentes.

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