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Azar tem quem não trabalha

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Com o fim da safra no Centro-Sul e o do ano às portas, em vez de fazer coro à lista dos muitos empecilhos, nesta Carta ao Leitor optamos por elencar algumas boas notícias que posicionam o setor no caminho da recuperação, mostrando sinais de retomada. No setor logístico, a inauguração, em 22 de outubro último, da primeira fase do Terminal Intermodal pela Rumo Logística, aumentará a eficiência no transporte de açúcar e ajudará o ambiente ao diminuir o fluxo de caminhões que circulam entre o interior paulista e o Porto de Santos. Some-se a isso os investimentos em etanoldutos de Goiás a São Paulo, o terminal intermodal de Araçatuba e a eficiente estrutura de transporte também interligada do Paraná e se verificará que o setor respondeu à chamada para investimentos em escoamento da produção. Na área de pesquisa & desenvolvimento, até recentemente carente de tecnologias significativas, surgiram algumas tacadas de novidades animadoras. A última delas foi a informação de que o Brasil está prestes a integrar um seleto grupo de nações que planejam iniciar a produção em escala comercial do etanol de segunda geração a partir do segundo semestre de 2013, por meio da entrada em operação da primeira planta industrial de biocombustível celulósico do Hemisfério Sul no Estado de Alagoas, AL. De maio deste ano até agora a pesquisa brasileira voltada à cana-de-açúcar e aos produtos dela derivados recebeu impulsos de várias fontes e origens, como a inauguração do Núcleo do Parque Tecnológico Engenheiro Agrônomo Emílio Bruno Germek, de Piracicaba, SP, Brasil. O parque vai abrigar empresas interessadas em incubar projetos para desenvolver novas tecnologias e produtos. O IAC – Instituto Agronômico de Campinas, por exemplo, anunciou que está iniciando pesquisa inédita no país para a correção da acidez e neutralização do alumínio tóxico no solo por meio de corretivo líquido. No quesito responsabilidade social, o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, desenvolvido no Brasil pela indústria da cana em parceria com representantes dos trabalhadores e do governo federal, acaba de ser reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como uma ação demonstrativa de que é possível investir no social, sem comprometer a economia. De acordo com a FAO, a iniciativa setorial brasileira tem aspectos que valorizam o trabalho organizacional, podendo ser usado como exemplo para combater a pobreza agrária verificada na maioria dos países da América Latina. Por motivos como este é que há 25 anos o JornalCana acredita no setor e em seu poder de recuperação e de retomada. Assim como faz a Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, desde o último dia 11 de novembro a entidade posta na mídia uma campanha publicitária que reforça os impactos positivos do etanol para a economia e o meio ambiente e incentiva o seu consumo. Que venha 2013. Poucos são afeitos ao número 13. Mas não acreditamos no azar. Azar tem quem não trabalha. Acreditamos na força do trabalho e temos fé em Deus.

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