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Autorizada subvenção de R$ 5

Cerca de 26 mil fornecedores de cana-de-áçucar da Região Nordeste serão contemplados com o repasse da subvenção, no valor de R$ 5, que será liberada para ajudar na safra 2009/2010. Em Pernambuco, a Lei 12.249, que autoriza o repasse, beneficiará 14 mil produtores cultivadores que produzem até 10 mil toneladas do insumo. A medida foi um dos assuntos mais comentados durante a quarta edição do Fórum Nordeste – Desafios e Oportunidades nos Setores de Biocombustíveis e Energias Limpas. De acordo com o presidente da Associação Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), Alexandre de Andrade, a subvenção será paga por tonelada de cana produzida, ou seja, se o volume total de produção for de 20 mil toneladas, o produtor só receberá por 10 mil.

“Nossa expectativa é de que até agosto o problema seja resolvido. Para o Nordeste, a previsão é de que sejam liberados entre R$ 80 milhões e R$ 85 milhões. Dos nossos 14 mil fornecedores, 87% plantam em uma área de até 20 hectares de terra, então, quem tiver até 10 mil toneladas receberá R$ 50 mil”, declarou Andrade. Ele reforçou que o ideal seria ter acesso à Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), que já é comum para as culturas do milho, café, algodão e outras.

“Estávamos buscando o PGPM para não ficar todo ano correndo atrás dessa subvenção, que serve para cobrir o prejuízo do preço pago pela tonelada de cana. O preço tem sido muito baixo porque não existe uma política de preço mínimo”, justificou. Para o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar – PE), Renato Cunha, a medida é positiva para ajudar o produtor na entressafra. “O ideal é que a subvenção evolua para o preço mínimo. Já existe parecer favorável para o PGPM, na Advocacia Geral da União, estabelecendo que a cana pode ser contemplada dentro do orçamento federal”, afirmou Cunha. De acordo com o presidente do Sindicato dos Cultivadores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco (Sindicape), Gerson Carneiro Leão, a subvenção chegou em boa hora. “Há três anos o Nordeste vem apresentando prejuízos na safra. Além disso, este ano, outro agravante é a falta de chuva em nossa região, que poderá reduzir em até 40% a produção”.

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