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Automóveis mais leves vão consumir menos gasolina

Os carros híbridos estão na moda. Motivo: quase dobram a quilometragem por litro de gasolina. Não é pouco, mas, para aumentar ainda mais o rendimento, os fabricantes de automóveis terão de tratar de outra parte da equação: o peso.

Apenas1% da gasolina deumcarro convencional é consumido no transporte de passageiros, diz o guru da energia Amory Lovins. O resto é gasto movimentando o carro em si.

Uma possível solução é substituir o aço dos automóveis por compostos de carbono. Há poucos anos, esses materiais superleves, feitos de fibras de carbono unidas por uma espécie de cola, transformaram o tênis e o golfe do fim de semana ao tornar raquetes e tacos mais leves, duros e fortes.Aindústria aeroespacial planeja usá-los na próxima geração de aviões de passageiros.Um carro feito de compostos de carbono poderia pesar menos de metade de um veículo de aço e ter um consumo de combustível 50% menor. O desafio para os fabricantes é encontrarumamaneira de manufaturar peças compostas que sejam fortes o bastante para proteger um passageiro numa colisão, mas baratas o bastante para ser produzidas às centenas de milhares. Os compostos usados em raquetes de tênis são o equivalente do cartão prensado – suas fibras de carbono são curtas demais para suportar muita força. Partes de aviões, com suas fibras longas, são muito mais fortes. Mas as fibras longas têm de ser arranjadas à mão em moldes tridimensionais, uma técnica pouco adequada à produção em massa de automóveis. Engenheiros da BMW em Landshut, Alemanha, desenvolveram um método automatizado de depositar as fibras numa superfície plana e então transformá-las numa peça tridimensional. A companhia tem feito capotas para alguns modelos de edição limitada, mas o material ainda custa mais que o dobro do aço. AFiberforge,umanova empresa de Basalt, Colorado, espera cortar esses custos fabricando painéis de corte preciso que, moldados na forma de um pára-choque ou pára-lama, praticamente não deixem sobras. A empresa está apresentando sua tecnologia a fabricantes de automóveis. Um carro de composto de carbono deverá fazer mais do que suportar uma colisão – mesmo com um utilitário esportivo. Enquanto o aço apenas se dobra com o impacto, os compostos se “microfraturam” – quebram-se em pequenos pedaços –, o que lhes dá o potencial de amortecer o choque. Com poucas e bem distribuídas zonas que podem se amassar e alguns cones de esmagamento nos pára-choques, “muita energia pode ser absorvida antes de alcançar o corpo humano”, diz Dwight Davis, umexecutivo da Fiberforge. Isso faria da leveza uma virtude.

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