Aumento de produção viabiliza inclusão de Mato Grosso em poliduto
O aumento da produção de etanol poderá viabilizar a inclusão de Mato Grosso no poliduto da Transpetro – subsidiária de transporte e logística da Petrobras –, que sairá de Paranaguá, no Paraná, passando por Mato Grosso do Sul. Para participar deste projeto, o Estado terá que ampliar a sua produção de álcool para 2,8 bilhões de litros, por safra, até 2011. A produção de cana-de-açúcar precisará ser aumentada, a partir de 2008, para que esse volume seja alcançado nos próximos anos. Segundo o presidente em exercício da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, é perfeitamente possível atingir essa meta desde que haja uma adequação da legislação ambiental do Estado às novas tecnologias utilizadas pelo setor sucroalcooleiro. Corral abordou este assunto durante o seminário “Etanol Mato Grosso/Brasil – Oportunidades e Desafios”, que aconteceu na segunda-feira, 3 de setembro, na Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt).
Com uma área de 220 mil hectares de cana, o Estado deverá produzir 800 milhões de litros de álcool na safra 2007/08, conforme previsão do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool). Haverá necessidade de triplicar a produção para o Estado atingir o volume exigido pela Transpetro. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Famato, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso precisarão atender uma demanda de 4 bilhões de litros de etanol para que a Transpetro construa esse poliduto. Alguns estudos, abrangendo questões relacionadas às áreas ambiental, de infraestrutura e tributação, estão avaliando a adoção de medidas que incentivem a instalação de unidades produtoras em Mato Grosso. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) concedeu licenças, recentemente, para a implantação de duas novas usinas nos municípios de Alto Taquari e Sorriso.
