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Aumento das exportações reduz cotação do açúcar

Os preços futuros do açúcar caíram 2,7% ontem na Coffee, Sugar and Cocoa Exchange (CSCE) de Nova York. Os contratos para outubro encerraram o pregão negociados a 6,98 centavos de dólar por libra-peso. A redução reflete o aumento das exportações mundiais, que devem se situar em 36,5 milhões de toneladas no ano agrícola 2003/04, segundo levantamento da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica). O Brasil exportará neste período 10,4 milhões de toneladas, uma participação 28,4% do mercado mundial.

Na semana entre 12 e 18 de maio as vendas brasileiras movimentaram diariamente US$ 7,442 milhões, elevando a média acumulada em maio em US$ 3,983 milhões, valor 105,1% maior que os US$ 1,942 milhão de abril passado. O resultado, entretanto, é 7,4% menor que média de US$ 4,301 milhões de maio de 2002, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O início do ciclo anual de exportações mundiais – que, em geral, vai de junho a novembro – deve pressionar os preços do açúcar no curto prazo. No longo prazo, entretanto, a tendência é de aumento das cotações, impulsionadas pelo aquecimento da demanda mundial e quebra da safra de importantes produtores como Cuba, União Européia, Austrália e China. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) prevê que a produção menor pode provocar déficit de oferta no período 2003/04.

As projeções da Unica, no entanto, apontam um excedente de produção de 2,2 milhão de toneladas. Segundo os números da entidade, a produção mundial de açúcar cairá 2% este ano, para 139,7 milhões de toneladas. O consumo está estimado em 137,5 milhões de toneladas, aumento de 2% em relação a 2002, enquanto os estoques mundiais devem se situar em 57,5 milhões de toneladas, volume 3,3% menor que o de 2002/03.

As exportações brasileiras serão reduzidas em 16% este ano, em decorrência do aumento da produção de álcool para o mercado interno. A demanda mundial, no entanto, tem se mantido bem aquecida com interesse de compra por parte da Líbia, Egito, Irã e Indonésia, entre outros.

A Ucrânia aguarda decisão do governo sobre a cota de importação para adquirir 300 mil toneladas, e na Rússia, a União de Produtores de Açúcar solicitará ao governo a redução de 7,5% cota de importação em 2004, para 3,65 milhões de toneladas.

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