Audiência Pública discute chegada do setor no Pantanal

Uma Audiência Pública realizada no plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul na última quinta-feira serviu para a discussão do projeto de lei que prevê a instalação de usinas de açúcar e álcool em municípios que compõe a Bacia do Alto Paraguai, apresentado pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PL). Os debates duraram aproximadamente três horas, tendo sido apresentado pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Márcio Porto Carrero, as considerações que levaram o governador José Orcírio (Zeca do PT) a apresentar a proposta de alteração da lei que, em 1982, proibiu a instalação de usinas e destilarias na bacia do rio Paraguai. Em termos proporcionais, a lei veta a instalação dessas indústrias em quase 50% do território sul-matogrossense.

O diretor executivo do SINDAL/MS (Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool do Mato Grosso do Sul), Isaias Bernardini, fez breve relato sobre os resíduos gerados por uma usina, com capacidade de moagem de 1.000.000 tonelada/ano, apresentando números que demonstraram a capacidade de reaproveitamento dos resíduos gerados. Para ele, “não há, portanto, motivos para a não aprovação do projeto de lei”.

Nas explicações do SINDAL/MS, ele deixou claro que a lei em vigor no Estado surgiu há vinte anos e, nesse intervalo de tempo, novas tecnologias de produção foram incorporadas ao processo produtivo do álcool. Segundo ele, “não há mais sentido em proibir que dezenas de municípios do Mato Grosso do Sul fiquem fora do processo produtivo e de desenvolvimento que hoje são fundamentais na geração de riqueza e postos de serviços para seus cidadãos”.

Ele enfatizou ainda, como argumentação para a aprovação do projeto de lei apresentado, o posicionamento do Ministério do Meio Ambiente que tem defendido o desenvolvimento industrial também em áreas antes protegidas, mas com responsabilidade ambiental monitorada. (Fonte: SINDALMS)