O BTG Pactual, banco de investimento brasileiro, especializado em capital de investimento e capital de risco, avalia injetar na Atvos R$ 500 milhões . As tratativas para definir a sua participação na empresa ainda são iniciais, informou o Valor, nesta quarta-feira (14), mas o banco vem manifestando interesse em ativos do setor sucroenergético desde o ano passado.
Procurada pelo JornalCana, a Atvos não quis comentar o assunto. O grupo, que tem dívidas financeiras de R$ 11 bilhões e está em recuperação judicial desde maio de 2019, teve o seu plano de recuperação aprovado pelos credores em maio deste ano e homologado pela Justiça em agosto.
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A companhia, que é uma das maiores do setor sucroenergético no País, controla nove usinas na região Centro-Sul, com moagem de 26 milhões de toneladas de cana, sendo que a capacidade total de suas unidades operadoras é de 37 milhões de toneladas, busca novos investidores para dar continuidade às suas operações.
Antes do plano de recuperação ser aprovado, circulou no mercado a informação que a empresa de investimentos de Abu Dhabi, Mubadala Investment Co, também estava interessada em fazer um aporte de R$ 800 milhões na Atvos, mediante uma nova rodada de reestruturação da dívida com pagamento reduzido. Mas o acordo não vingou por desentendimento sobre o total de participação que os árabes teriam na empresa sucroenegética.
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Paralelo às discussões sobre a possibilidade de injeção de capital, a disputa pelo controle da companhia, hoje sob administração da Odebrecht, segue acirrada desde o início de maio deste ano, quando o fundo americano Lone Star comprou por US$ 5 milhões as ações do Natixis. O banco é representante do Bridge Lenders, credor da Odebrecht e detinha a maioria das ações da Atvos em alienação fiduciária.
O conflito já foi parar no Cade, com ganho de causa ao Lone Star e no Centro de Arbitragem e Mediação Brasil-Canadá (CAM-CCBC), neste caso, ainda sem definição.
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