Atualmente setor canavieiro tem mais apoio para se desenvolver, diz líder
Recentemente, o Governo Federal ampliou o teto de financiamento da cultura no Plano Safra 2011/2012 para R$ 1 milhão por produtor. Essa iniciativa busca incentivar a renovação dos canaviais, possibilitando um conseqüente aumento de produção de cana de açúcar, numa tentativa de ampliar a produção de álcool no país. A concessão da linha de crédito, de até R$ 1 milhão, exclui as indústrias produtoras direcionando o recurso somente para produtores individuais.
De acordo com o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Raimundo Nonato, não muito tempo atrás os produtores canavieiros eram discriminados e não tinha acesso a crédito nos bancos. “Os produtores de outras culturas tinha acesso ao crédito, mas os que trabalhavam com cana de açúcar não tinham linhas de financiamento”, afirma Nonato, destacando que “essa realidade começou a mudar no governo Lula e foi melhorada, ainda mais, no governo Dilma”.
Ainda segundo Nonato essa discriminação do governo federal comprometeu a produção de cana de açúcar no país. “Se os produtores canavieiros tivessem acesso às linhas de crédito há mais tempo, com certeza a produção de cana de açúcar no Brasil seria bem maior”, destaca Nonato.
Ele lembra, no entanto, que os juros cobrados para o setor, que giram em torno de 6,75%, ainda não são ideais. “Em outros países a taxa de juros para uma atividade de risco como a agricultura são bem menores e há até isenção de juros, de forma que apesar dos avanços achamos que a taxa de juros deveria ser menor”, avalia Nonato.
A exigência de licença ambiental para ter acesso ao crédito é também outro fator limitador para ter acesso aos recursos, segundo o dirigente da Asplan. “Como o projeto do Código Florestal ainda está para ser votado no Senado, achamos que essa exigência deveria ser adiada em função das indefinições de regulamentação da matéria no país”, afirma Nonato, destacando que, de qualquer forma, o setor teve avanços significativos nos últimos anos, especialmente, agora em 2011.
