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Atividade portuária registra crescimento de 25%

O movimento no cais do Porto de Maceió aumentou e esse crescimento e pode ser percebido pelo grande número de navios atracados e carretas entrando e saindo daquela área. Embora ressalte que o movimento é sazonal, ocorrendo sempre no período que vai de outubro a março, o administrador do Porto, Fábio Farias, confirma o incremento nas atividades portuárias e revela que a quantidade de toneladas movimentadas ali será 25% maior agora em dezembro que o número registrado em igual período de 2002.

Na verdade, a alta movimentação coincide com o período de exportação de açúcar e álcool, que é maior este ano, mas dois outros fatores concorrem para esse crescimento. São eles, a chegada de navios de passageiros, que trazem turistas principalmente europeus, e a regularização da linha de cabotagem (navegação em águas costeiras), pois até então navios containers que percorriam a costa brasileira não paravam no Porto de Maceió.

O setor sucroalcooleiro continua sendo o maior exportador de Alagoas, o que gera uma dependência direta entre a movimentação no Porto e a safra de açúcar e álcool. A administração revela que chega a quase 70% a dependência do Porto de Maceió da agroindústria canavieira.

Na safra de 2002, ou seja, de outubro a março, o Porto chegou a registrar a entrada de 150 navios e a movimentação de 1 milhão 911 mil toneladas de produtos. Na entressafra, esses números caíram para 95 navios e 816 mil toneladas.

Para este ano, a previsão de crescimento é de 25%, graças ao aumento da exportação de álcool, pois o produtor alagoano conquistou novos mercados. Fábio Farias lamentou que o Estado tenha uma pauta de exportações tão pouco diversificada. Além de açúcar e álcool, Alagoas exporta cimento, de uma fábrica em São Miguel dos Campos, para o mercado nigeriano. Da pauta de importação, um dos destaques é a matéria-prima para fertilizantes.

Por sua localização e estrutura o Porto de Maceió é uma das melhores opções entre os portos nordestinos. “Mas temos que nos tornar competitivos” – afirma Fábio Farias, apontando como fundamental nesse processo a expansão de mais 400 metros do cais, obra que já está 30% executada.

Falta de recursos

O trabalho foi suspenso pela falta de recursos, pois mesmo já aprovadas pela presidência da República, as verbas ainda não foram liberadas pelo Ministério dos Transportes. São R$ 9 milhões já incluídos no Plano PluriAnual (PPA) que permitirão a conclusão das obras de expansão do cais. “Esperamos o apoio da bancada federal para liberar esses recursos, fazendo gestões junto ao Ministério”- acrescenta o administrador.

Ainda no trabalho que desenvolve para dar competitividade ao porto maceioense, Fábio Farias obteve autorização do Conselho da Autoridade Portuária, que reúne representantes dos empresários, dos trabalhadores e do governo federal, para reajustar os valores de suas tabelas de preço. O reajuste linear é de 37,94% sobre as tabelas I, II e III, e de 6,11% sobre as tabelas V, VI e VII.

A atual administração tem ainda a tarefa de implantar um plano de segurança que prevê ações de combate ao terrorismo. O plano, que será executado em parceria com a Polícia Federal e a Capitania dos Portos, é uma exigência do governo americano devendo estar pronto em junho de 2004. Os portos brasileiros que não adotarem as medidas previstas sofrerão sanções, como embargo, saindo da rota de exportadores dos Estados Unidos.

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