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Até gás carbônico tem novas rotas de produção

Usina de São Carlos do Ivaí fornece CO2, água e energia para empresa fabricar bicarbonato de sódio, cloreto de amônio e carbonato de sódio

Há algo novo nas tubulações de usinas e destilarias, que evita até mesmo o desperdício do gás carbônico (CO2) gerado no processo de fabricação de açúcar e álcool. Em São Carlos do Ivaí, norte do Estado do Paraná, a usina da Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana (Coopcana) fornece água, vapor e CO2, por meio de três dutos, para a empresa Raudi produzir bicarbonato de sódio, cloreto de amônio e carbonato de sódio. A Raudi encontrou novas rotas de produção para o CO2, adicionando ao processo cloreto de sódio e amônia, e a Coopcana se beneficiou com a destinação rentável aos três insumos, principalmente para o desprezado gás carbônico, fechando um contrato com duração de 30 anos.

A Sucral foi a responsável pelo desenvolvimento do projeto de interligação das duas plantas, incluindo a tubulação de 800 metros para a transferência do CO2, conforme informações do diretor da empresa de Piracicaba, Ricardo de Faria. “Fizemos também o balanço térmico, visando o fornecimento do excedente de energia. É uma planta interessante que agrega valor ao processo”, observa. O cloreto de amônio é utilizado como fertilizante, substituindo a uréia; o bicarbonato de sódio é voltado para fins alimentícios e ração e o carbonato de sódio é fornecido principalmente para a indústria de vidros. “Para a instalação de novas plantas, para esses produtos, é necessário analisar as possibilidades de comercialização e a logística. O mercado maior é para o cloreto de amônio”, avalia.

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