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Até Cuba está mais competitiva

O conceito de que o açúcar brasileiro é o mais competitivo no mercado internacional está deixando de ser realidade. Com a valorização do real, por pouco o custo de produção do adoçante não ultrapassa o preço do produto cotado na Bolsa de Nova York (Nybot). Se considerarem as despesas de embarque, o produto se torna gravoso e passa a dar prejuízo aos produtores.

A razão desse fenômeno é a valorização do real, que eleva o custo de produção nas usinas para níveis acima do que está sendo cotado nas bolsas internacionais. Com esse descompasso cambial, até Cuba está produzido açúcar mais barato que o Brasil, segundo cálculo feito pelo diretor de Álcool e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Angelo Bressan. Países da América Latina, como Guatemala e Colômbia também estão mais competitivos que o Brasil na comercialização do açucar.

Segundo cálculo feito por Bressan, o custo médio de produção do açúcar nas usinas da região Centro-Sul está hoje em R$ 420 a tonelada, enquanto que o preço internacional do produto convertido para a moeda local é de R$ 400 a tonelada. Isso obriga as usinas a cortar fortemente os custos e melhorar a eficiência, para, no máximo, empatar custo e preço do produto.

As perspectivas em relação ao comportamento do mercado não são nada alvissareiras. A produção nos países asiáticos também está em expansão e alguns países, como a Índia, já começam até a subsidiar as exportações para evitar a formação de estoques domésticos elevados.

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