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As usinas de açúcar e a ferrovia

Desde sua origem, a maior parte das ferrovias foi construída no Brasil para escoamento da produção agrícola. A cana-de-açúcar teve um papel vital para o assentamento dos trilhos no Nordeste, especialmente nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba.

As usinas nordestinas operaram com máquinas a vapor até os anos 1970, quando as ferrovias brasileiras já tinham substituído sua força de tração pelas máquinas diesel e as grandes usinas paulistas, construídas no século XX, só usavam caminhões. Mas, no Nordeste e também na região de Campos, no Rio de Janeiro, verdadeiras ferrovias percorriam as usinas e os canaviais de municípios vizinhos.

Ferrovias particulares

Algumas usinas chegaram a ter mais de 100km de trilhos. A maior delas, a Usina Catende (PE), tinha 140km de ferrovia, 11 locomotivas e 266 vagões nos anos de 1950. A maioria das máquinas era de origem alemã ou inglesa. O transporte de cana era feito em máquinas de pequeno porte, mas robustas.

Das nordestinas que serviram em usinas, sobraram 14 máquinas em Pernambuco, 14 em Alagoas e duas na Paraíba. Dessas, apenas uma continua operacional. Duas outras paraibanas foram vendidas e enviadas para reforma nas oficinas de Tubarão (SC).

A tração a vapor também foi empregada nas usinas de cana do Norte do Estado do Rio e no Espírito Santo. Hoje, algumas máquinas servem de adorno às casas dos usineiros. Outras estão enferrujando nos pátios de usinas falidas.

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