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Argentina exporta mais biodiesel para Europa com tributação menor

A Biopetrol Industries AG, produtora de biodiesel suíça, informou ontem que as importações desse combustível da Argentina estão crescendo, devido ao fato de o imposto de exportação sobre os combustíveis ser menor que o incidente sobre o óleo de soja, um de seus insumos.

“Quantidades crescentes de biodiesel subsidiado indiretamente vêm chegando à Europa procedentes da Argentina desde o segundo trimestre”, informou a empresa, sediada em Zug, na Suíça, em comunicado.

A União Europeia (UE) impôs tarifas de cinco anos sobre o biodiesel originário dos Estados Unidos este ano, como forma de ajudar os produtores locais a contra-atacar os subsídios e a decorrente competitividade maior dos preços por parte dos norte-americanos. A Biopetrol conclamou a União Europeia e a Alemanha, maior economia do bloco, a agirem no sentido de proteger esses produtores também das exportações vindas da argentina.

Os impostos sobre exportação da Argentina são de 20% sobre o biodiesel e de até 36% sobre o óleo de soja, um insumo do combustível, segundo a corretora Starsupply Renewables SA. As exportações de biodiesel pela Argentina mais do que dobraram, para 140.487 toneladas no mês de julho, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a Câmara Argentina de Biocombustíveis (Carbio).

Mercado Nacional

Ontem, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou relatório sobre o programa nacional de produção e uso de biodiesel (PNPB). Segundo a entidade, o PNPB vem atingindo com sucesso suas metas nos três pilares da sustentabilidade. Algumas delas, ainda de acordo com a Abiove, estão sendo antecipadas com a percepção pela sociedade de que o país pode elevar a mistura compulsória antes dos prazos definidos pela Lei nº 11.097/2005. “Entraves ao seu crescimento estão sendo solucionados em fóruns abertos e participativos”, indica relatório.

A entidade ressalta ainda a necessidade de investimentos paralelos para a solução de questões com a dos gases que causa o efeito estufa. “Não se deve imaginar que o biodiesel será a solução para todos os problemas existentes nas áreas onde atua. Problemas ambientais como a qualidade no ar e a emissão de gases de efeito estufa pelo segmento de transportes são muito complexos e sua solução envolve outras ações importantes.” A entidade cita investimentos em transporte público, aumento da eficiência dos motores e redução dos níveis de enxofre do diesel convencional.

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