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Araraquara terá fábrica pioneira em plástico “verde”

O Estado de São Paulo foi escolhido para abrigar a maior fábrica de produção de BioMEG do mundo. O produto é o principal ingrediente das embalagens PlantBottleTM – primeira garrafa PET reciclável feita parcialmente de origem vegetal, na capital. O anúncio da instalação da JBF Industries em Araraquara foi feito nesta quinta, 27, no Palácio dos Bandeirantes. O empreendimento é uma parceria da JBF Industries com a Coca-Cola Brasil.

Com a nova unidade, o Brasil será o maior produtor e exportador de BioMEG do mundo, com capacidade estimada em 500 mil t/ano, gerando 1.650 empregos diretos e indiretos. Durante o anúncio, houve a assinatura do protocolo de intenções entre a Investe SP e a JBF para construção da fábrica e visando a qualificação de mão de obra local.

A embalagem PlantBottleTM foi lançada em 2009. Hoje, a empresa vende mais de 10 bilhões destas garrafas em todo o mundo. Ela depende menos de petróleo e reduz as emissões de carbono. Seu plástico é produzido a partir da reação química do MEG (monoetileno glicol) e PTA (ácido politereftálico). O governador Geraldo Alckmin elogiou a escolha da cidade pelos investidores. “Escolheram bem, Araraquara, fica no centro de São Paulo. O estado é o maior produtor de cana-de-açúcar e etanol do mundo”, disse, em referência à matéria-prima utilizada para a produção das embalagens. As garrafas serão utilizadas para todos os produtos da Coca-Cola.

Alckmin elencou ainda os benefícios do empreendimento para a região. “Socialmente vai trazer muito emprego, agregar valor ao setor sucroalcooleiro. Economicamente, é R$ 1 bilhão em investimento, que estimulará a economia da região e do estado. E ambientalmente é um exemplo mundial de sustentabilidade, com uma nova embalagem a partir do etanol, uma energia limpa, renovável, verde”, destacou.

A empresa fará investimento de R$ 1 bilhão na implantação de indústria para fabricação de polietileno monoetilenoglicol, substância ecológica feita a partir do etanol da cana-de-açúcar para compor o plástico de garrafas PET para a Coca-Cola. Segundo o prefeito Marcelo Barbieri, a cidade venceu a disputa com Santo André, Paulínia e Sertãozinho. “Foi um trabalho de um ano, com visitas e conversas. Tudo mantido em segredo, já que era uma das exigências”, explica. Segundo ele, esse é o maior investimento no interior paulista dos últimos tempos. “É um grande projeto de sustentabilidade que a Coca-Cola faz e que dará impacto positivo pelos próximos 50 anos na cidade”.

A área que a fábrica comprou, fica próximo à Sachs e à Estrada Vicinal Francisco José Zanin, no acesso à Washington Luís (SP-310). Na obra, a ser iniciada em outubro, serão gerados mais de mil empregos. No parque fabril, haverá outras 300 vagas.

O polietileno faz parte do projeto plantbottle da Coca-Cola, que consiste em ter 30% da substância ecológica presente em todas suas garrafas PET do mundo até 2014. Esse também será seu mote de marketing para a Copa 2014 e Olimpíadas de 2016. E a fábrica servirá de fôlego para o setor sucroalcooleiro, após a queda na demanda de etanol no abastecimento de veículos.

Com o desenvolvimento da tecnologia liderado pela The Coca-Cola Company, a PlantBottleT é fabricada por um processo inovador de transformação da cana-de-açúcar em um insumo do processo de fabricação do polímero PET. Seu plástico é produzido a partir da reação química de dois componentes: MEG (monoetileno glicol), responsável por 30% de seu peso; e PTA (ácido politereftálico), responsável pelos 70% restantes. Disponível em mais de 24 países, o uso da embalagem eliminou, desde seu lançamento em 2009, o equivalente a quase 100 mil toneladas de emissões de dióxido carbono, o equivalente a 200 mil barris de óleo.

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