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Araporã Bioenergia amplia eficiência agrícola e industrial

Usina estuda ingresso no mercado de combustível sustentável para aviação SAF

Araporã Bioenergia amplia eficiência agrícola e industrial

A Araporã Bioenergia vem trabalhando para ampliar sua produtividade, através de um trabalho de aprimoramento de sua eficiência agrícola e industrial.

Com uma produtividade acima de 85 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, a usina, que moeu, na safra passada, cerca 1,5 milhão de toneladas, espera chegar na safra atual a 1,7 milhão de toneladas de cana processada.

Para essa atividade, a usina conta com uma parceria com a Lema Empresarial, que, há sete anos, já desenvolve um conjunto de ações na área agrícola e, mais recentemente, vem estendendo sua atuação na gestão industrial e na manutenção automotiva.

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Segundo o diretor presidente da unidade, Alexandre Franceschi, “a parceria com a Lema Empresarial propõe uma vasta troca de experiência, que proporciona uma otimização de tempo significativa para a tomada de decisão e um amplo amadurecimento da gestão de manutenção industrial”.

De acordo com Franceschi, entre os maiores ganhos estão a padronização de procedimentos e a melhor distribuição de responsabilidades. “A consultoria Lema teve um impacto significativamente positivo na Araporã Bioenergia, trazendo melhorias em diversos aspectos operacionais e de manutenção. As principais ações implementadas foram muito importantes para alcançarmos os nossos resultados atuais; foi um divisor de águas para a Manutenção Automotiva”, disse.

Entre as diversas ações implementadas, Franceschi destacou a implantação do PCM e Engenharia de Manutenção; implantação do plano diretor de manutenção; implantação de barreiras de segurança; implantação de gerenciamento de projetos e grandes paradas; aumento do HHT (Homem hora trabalhada); redução de Custos CRM; aumento da disponibilidade dos ativos; aumento da confiabilidade dos ativos e Padrões de Operação.

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“As ações implementadas levaram a uma operação mais eficiente, aprimorando a manutenção e segurança dos equipamentos, meio ambiente e pessoas, tendo um papel muito importante, contribuindo para a redução de custos, resultando em uma melhoria global na produtividade e no desempenho”, ressaltou Franceschi.

Ele comentou alguns indicadores que contribuíram para a melhora. A disponibilidade das colhedoras, por exemplo, em 2016, alcançava um percentual de 85,52%. Em 2023, esse número passou para 91,82%, uma evolução de 8,61%. “Para que vocês tenham uma ideia, o nosso MTBF (tempo médio entre falhas) das colhedoras era de 17h10, em 2016, e, em 2023, é de 42h53, um aumento de 149,91%, sendo que conseguimos reduzir o tempo nas ações corretivas (MTTR) em 20%”, destacou.

A disponibilidade industrial, que, em 2022, estava em 93,07%, em 2023 passou para 95,36%.

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Segundo Franceschi, a meta agora é chegar à cana de três dígitos, o aumento da produtividade por hectare acima de 100 toneladas. Ele informa também que a usina estuda ingressar no mercado de SAF (combustível sustentável de aviação).

“Por enquanto, ainda estamos estudando a questão e vendo o que é necessário para obtermos a certificação que cumpre os critérios internacionais do Corsia, um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), do qual o Brasil é signatário”, explicou Franceschi.

Esta matéria faz parte da edição do JornalCana de outubro/novembro. Para ler, clique aqui.

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